Percorridos |
763 km |
Percurso seleccionado |
Não planeado |
Horas efectivas de condução |
10h12m |
Total de horas em passeio |
12h34m |
Altitude máxima |
885 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Mas quem vai até Faro pela N2 tem que regressar, mas isso deixo para amanhã pois o regresso também foi muito bom e também o gostaria de relembrar e partilhar.
Quando ainda estávamos a preparar, alguns dias antes, este passeio pela N2 já ficou combinado que o regresso se faria mais ou menos pelos Lés a Lés de 2014.
Depois de uma noite bem dormida e um pequeno-almoço a condizer, lá partimos de Faro por volta das 08h30m com destino ao ponto de partida em Lagoa. Infelizmente tive a ideia peregrina de apanhar a EN125. O trânsito estava infernal pelo que demoramos imenso tempo a percorrer a mesma. Só passado quase uma hora é que chegamos a Lagoa. Tiradas as fotos da praxe, arrancamos de imediato até à nossa próxima paragem no Miradouro da Fóia.
Na instância Termal de Monchique metemos por uma subida muito fantástica que nos levou quase até ao desvio para a Fóia. Infelizmente a paisagem desoladora que nos ia acompanhado nesta estrada era brutal. Para todo o lado que olhássemos o rasto de destruição provocado pelos incêndios que tinham ocorrido em Agosto de 2018 era enorme.
Chegados ao cimo da Fóia, a sorte esteve do nosso lado pois o céu bem azul e limpo permitiu-nos ver até bem longe e disfrutar da paisagem em redor.
Tomado o café, fumado o cigarro e duas de letra, lá voltamos a arrancar em direcção ao nosso próximo destino e paragem. Eram então por volta das 10h15m quando decidimos arrancar.
As estradas que fomos deixando para trás foram de grande prazer de condução.
Em algumas delas recordei-me, na altura que as percorria, que já tinha passado nas mesmas quando em 2017 participei com os Zés a Lés no Road Miles 500. A minha fiel companheira de viagem ST estava novinha em folha. Tinha acabado de a receber dois dias antes.
Não posso deixar passar o facto de dar os parabéns à organização dos vários Lés a Lés, mas também não posso deixar de dar os parabéns a quem traça e elabora os road book. Tem um jeito dos diabos, pois consegue sempre conciliar boas estradas com boas paisagens a acompanhar.
Enquanto íamos serpenteando por entre curvas e rectas lembro-me que, como se fosse hoje, dei comigo a pensar como o Alentejo é incrível e como a paisagem e o clima variam tanto. No dia anterior tínhamos atravessado o Alentejo mais pelo centro e a paisagem era árida e com uma temperatura a rondar sempre os 28ºc a 30ºC. Naquele dia, a rodarmos já mais para Oeste e para costa atlântica, sentimos a brisa marítima, as planícies são mais verdejantes e a vegetação é diferente e mais resistente nota-se que é mais apropriada a este tipo de clima. Viajar em Portugal é mesmo isto. Em “meia dúzia de km” a paisagem varia imenso e é por isso mesmo que nunca me canso de viajar pelo nosso País.
Na praia da Ilha do Pessegueiro
O tempo passava rápido pelo que a opção foi passar pelas vilas e aldeias sem parar, muito embora ao passar nas mesmas fizéssemos um “sight seeing” a um ritmo bem lento. No entanto noutras seria imperdoável não o fazer e foi precisamente o que fizemos em Carvalhal, Zambujeira do Mar, Porto das Barcas, Farol do Cabo Sardão e Vila Nova de Mil Fontes.
A nossa próxima paragem programada, depois da Fóia, era na Ilha do Pessegueiro. Aqui aproveitamos para tirar as fotos que se impõe neste lindíssimo local, tomar o “tal” café, mandar uma cigarrada e dar duas de letra. Eram então 12h45m quando decidimos arrancar.
Pelas minhas contas, e dado o atraso com que partimos para este regresso por causa da minha ideia peregrina de me ter enfiado na N125, comecei a perceber que não seria possível terminar este Lés a Lés a uma hora decente.
Porto Covo, Praia da Samoqueira, Praia de São Torpes foram as passagens seguintes até flectirmos para o interior e nos dirigirmos para a nossa próxima paragem no Farol de Cabo Espichel, não sem antes passarmos por Alcácer do Sal e fazer uma paragem em Setúbal antes de seguirmos para Azeitão.
Chegamos a Cabo Espichel por volta das 16h15m pelo que ainda faltariam muitos km para terminar este Lés a Lés de 2014 de forma a chegarmos a horas decentes a nossas casas. A decisão não foi difícil. Apontamos as nossas GS e ST para a A12 seguida da A1 e assim terminaram estes nossos dias 1 e 2 de Maio de 2019.
Saliento uma vez mais a boa companhia e boa disposição do Domingos, as condições meteorológicas sempre excelentes para andar de mota e as muitas estradas percorridas neste dia de regresso.
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