Percorridos |
201 km |
Percurso seleccionado |
60 km |
Horas efectivas de condução |
03h20m |
Total de horas em passeio |
03h40m |
Altitude máxima |
799 m |
Mota |
Yamaha T700 |
Hoje de manhã recebi um telefonema que me deixou logo com um sorriso na cara enorme. Teria de ir ter com um fornecedor, perto de Vieira do Minho, para verificar um equipamento que está a ser produzido.
Imaginei logo um percurso de regresso, que por acaso até tinha já um track planeado, que não fosse propriamente o mais directo para chegar a casa. Desta vez, curiosamente, o GPS funcionou na perfeição. Vá lá um Homem entender estes caprichos da tecnologia. Houve de tudo … mas comecemos pelo princípio.
Na rotunda onde se encontra a EN103 com a EN304 virei para EM595 que me levou até à ponte de Parada sobre o Rio Cávado. Esta ponte está cortada ao trânsito o que para motas mais gordinhas torna impossível passar pela mesma. Aqui fiz a primeira paragem para uma sessão fotográfica pois é um spot interessante (de telemóvel pois não estava minimamente a contar ter esta saída).
Sigo estrada acima pela EM595-1 até encontrar a N308 e chego a Santa Maria do Bouro onde, logo na entrada vila, corto para a M1248 e sigo na mesma pelas localidades de Cano, Paradela e Ventoselo.
Bem de Paradela até Ventoselo nem imaginava o que iria apanhar de percurso. Uma subida quase contínua e vertiginosa, a passar pelo meio de aldeias, grande parte em paralelo (felizmente o tempo estava seco) e onde mal cabe um carro. Pensava eu que estava terminado este trajecto um pouco mais técnico e, logo a seguir do Lugar de paradela de Frades, a estrada desaparece e sou “obrigado” a entrar em modo Off Road. Também sempre a subir vertiginosamente e com muitas curvas em gancho com piso mais degradado e “recheado” de regos sendo alguns deles bem profundos. Foi um desafio e um apelo ao meu fraco Kit de Unhas para estas situações. Ah, faltava referir que existem alguns pontos no percurso com muito calhau para ultrapassar.
Confesso que adoro esta adrenalina do desconhecido, mesmo sabendo que em Off Road não sou propriamente um Adrien Van Beveren, bem pelo contrário. Mas chegado a esta ponto não dá para voltar para trás.
O meu excesso de confiança também se fica a dever ao facto de ter uma aplicação que o meu amigo Paulo Faia vai acompanhando e caso eu esteja enrascado mesmo, tenho sempre para onde ligar e ele irá ter comigo. Eheheheheheh. Nunca foi preciso mas é bom saber que posso contar com este Amigo.
Adorei este trajecto onde a dificuldade, para mim pelo menos, me colocou à prova mas também porque toda a envolvente lindíssima.
Depois desta pequena epopeia e saído de Ventoselo entro numa estrada de alcatrão divinal que me levou por Monte, Campos de Abades, Aldeia, Chorense, Quintelas e Terras do Bouro. Aqui fui obrigado a parar para reabastecer, pois a mota estava mesmo no casco. Neste trajecto percorri duas estradas municipais EM535-1 e EM535.
Vou-me repetir mas tem que ser. Este conjunto de estradas são brutais. Foi um prazer enorme conduzir nas mesmas quer pela paisagem que nos acompanha quer pela condução e, como não podia deixar de ser, pejado de gado a circular pela estrada.
Atestado o depósito do Maquinão T700 meto de novo a borracha na estrada e logo a seguir a Terras do Bouro cortei por uma estrada à esquerda com uma descida bastante acentuada e que vai acabar por confluir com a CM1269. Lá em baixo passei de uma margem para a outra do rio Homem.
A CM1269 foi a minha companheira até encontrar a EM531, passando por Carrazedelo, pela enigmática curiosa Igreja de Santo António de Mixões, em Mixões da Serra claro, Casais de Vide, entretanto já a percorrer a EM1148, Danaia, onde passo para a CM1336, Medonha e Cuide de Vila Verde onde mais abaixo dou coma EN101 e aponto o meu Maquinão em direcção a casa.
Convenhamos se os dois troços anteriores foram divinais, cada um no seu estilo, este não lhe fica absolutamente nada atrás.
Recomendo vivamente este percurso mas chamo a atenção que aquela subida em paralelo e depois em modo Off Road não é própria para todos nem para todo o tipo de motas. Por exemplo, no paralelo acredito que numa manhã húmida seja um verdadeiro desafio aquela subida por entre o casario, com ganchos sucessivos.
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