Percorridos |
313 km |
Percurso seleccionado |
182 km |
Horas efectivas de condução |
05h48m |
Total de horas em passeio |
06h37m |
Altitude máxima |
1076 m |
Mota |
Yamaha YZF-R7 |
Cada dia que passa mais me habituo à ideia de que a YZF-R7 me pode levar a fazer grandes distâncias.
É certo que se enquadra nas Super Sport…mas dá muito gozo conduzir esta máquina pelas estradas de Portugal, sejam elas Nacionais, Municipais ou Camarárias.
E a noviça tem que conhecer Portugal, não é um exclusivo da ST ou da T7…
Hoje o Paulo Faia deu-me um jeito na suspensão da frente e a melhoria fez-se notar. Muito melhor a curvar e sem ter aquela sensação estranha da frente esponjosa. Agora a traseira e a frente já estão a trabalhar em uníssono.
Depois de terminada a manhã de trabalho na Ferespe lá fui então com 3 destinos na cabeça. Vilarinho de Negrões, Montalegre e Fafião. Elegi, claro, as EN103 e EN308 para percorrer o mais que pudesse.
Até entrar na estrada que nos leva sempre junto à Enorme represa de água do Alto Rabagão percorri a EN103, mas depois de passar Ruivães, umas centenas de metros mais à frente, meti pela EM623 e passei as aldeias de Botica, Campos e Lamalonga, para depois iniciar uma descida “vertiginosa” até voltar a encontrar a EN103.
É um “by pass” que recomendo vivamente, pela estrada, pelas aldeias e pela paisagem que vamos tendo a acompanhar-nos.
Estando de novo a queimar borracha na 103 lá passei a enorme represa de Venda Nova que está com níveis realmente muito baixos de água. Francamente não me lembro de ter passado aqui com tão pouca água.
Chegado a Pisões meto para a direita pela estrada da barragem do Alto Rabagão…
…e vou até aparecer a placa “Lama da Missa” para, logo ali à frente virar à esquerda pela CM1016
Esta estrada é muito bonita e as aldeias são igualmente fenomenais. No entanto, a paisagem hoje estava radicalmente diferente pois quase não se via água. Tal como na barragem de Venda Nova também aqui é assustador como esta barragem se encontra.
Já parei em vários locais quando por aqui passei noutros passeios. Desta vez parei logo mal iniciei a mesma no spot abaixo…bolas que o raio da paisagem fica mais rica com R7 a compor a mesma.
Na foto abaixo vê-se Vilarinho de Negrões mas sem aquela imagem típica de estar a ser banhada pelo Rabagão…bem pelo contrário.
Portugal está debaixo de uma seca extrema e se aqui para norte está assim então lá para os lados do Alentejo e Algarve deve estar mesmo caótico.
Passadas as aldeias de Vilarinho de Negrões, Negrões e Morgade lá voltei a apanhar a EN103 que me levou até Montalegre e ao seu lindíssimo castelo.
Se até aqui o passeio estava a correr lindamente o que tinha pela frente não iria ficar nada atrás.
Este troço da EN308 é mesmo brutal e fica depois de passarmos Sezelhe, Fiães do Rio e Paradela … entramos então numa zona rodeada de montanha.
Nesta estrada passamos por umas estátuas de um Santo, de uma Águia, de um Corso, de uma cabra e de um Lobo. O santo por causa do caminho de Santiago (julgo eu) e os animais para representar alguns dos animais aqui da região.
Antes de chegar a Cabril passei por Lapela e Xertelo (tenho que ir um dia destes lá espreitar estas duas aldeias pois já não o faço faz muitos anos) e Chãos. Passo a ponte sobre o Rio Cávado e começo a subir em direcção a Pincães até atingir o último destino deste passeio – Fafião.
Esta aldeia bem simpática e que recomendo a visita, tem a particularidade de estar situada numa zona de Fojos do Lobo. Estas armadilhas outrora necessárias para apanhar os Lobos e prevenir que atacassem o gado caprino e bovino dos aldeãos ainda podem ser vistas por estas bandas … e em bom estado de conservação. Confesso que a forma como os lobos eram apanhados e mortos é arrepiante … mas compreendo a razão pela qual o faziam.
Como é óbvio tinha que vir para casa pelo que continuei pela EN308 passando por Ermida, Vilar da Veiga, Valdosende onde, por perto, aproveitei para sacar umas fotos à R7…
… Santa Maria do Bouro e Amares.
Umas horitas bem passadas na companhia da minha máquina.
Já agora partilho que estou muito surpreendido com os consumos da R7, pois em estrada de montanha e sem estar a pensar em poupar, a média ficou pelos 3.5l/100km. Nada mau.
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