Percorridos |
467 km |
Velocidade Média |
62 Km/h |
Percurso seleccionado |
467 Km |
Horas efectivas de condução |
07h24m |
Total de horas em passeio |
11h38m |
Altitude máxima |
1283 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Depois de um dia em cheio a rolar pelas estradas menos conhecidas de Portugal a senda iria continuar mas com início em Folgosinho.
O dia prometia em termos de "andamento das nossas máquinas", pois no dia anterior ficamos aquém do que estava planeado e hoje teríamos um dia mais cheio.
Deixamos Sandomil rumo a Folgosinho mas começamos logo com um erro que foi sairmos às 08h30m…não ia dar de certeza, mas lá fomos nós.
Seria para darmos uma pequena volta por Folgosinho mas como o tempo iria ser pouco, passamos devagarinho e sem parar.
Entramos numa das estradas, para mim, mais bonitas que conheço. Repito-me, eu sei, mas não me canso de o fazer. Falo do Caminho Natural que desce até apanharmos a EN232. Esta estrada passa no Vale do Gaspar. Recomendo vivamente … quem por lá passa não fica indiferente. E então no Outono a estrada e a paisagem ficam SUBLIMES.
Ao chegarmos à EN232 podemos virar pela direita ou pela esquerda. Tanto faz é sempre Tooooop.
Desta vez o percurso foi planeado pela esquerda em direcção a Manteigas mas sem entrar na mesma, continuando por São Gabriel, Sameiro e antes de Vale de Amoreira viramos pela esquerda pela EM501 começando a deixar para trás o lindíssimo ambiente da Serra da Estrela. Fica-se um pouco nostálgico e a pensar porque não planeei mais umas estradinhas por aquelas bandas, mas cedo passou a nostalgia depois de entrar nesta EM501. Um verdadeiro carrossel com boa paisagem a acompanhar-nos.
Chegados a Gibraltar, não, não é aquele território ultramarino Britânico no extremo sul da Península Ibérica, mas sim uma aldeia Portuguesa. Bem, mas chegados a Gibraltar, uns km mais à frente, enveredamos por uma variante da EN18, mais concretamente pela EN18-3 que, tal como a sua "mãe", é uma estrada bem interessante. Teixoso, Caria, Carvalhal Formoso foram ficando para trás, mas fomos vendo placas a indicar aldeias muito bonitas tal como Sortelha e Sabugal…mas tinhamos que continuar. O que vinha por aí, e ques estava planeado, era muito bom.
Por uns breves instantes voltamos a pisar uma estrada nacional, a EN233, mas apenas para podermos chegar à estrada que nos leva pela barragem da Meimoa, onde paramos para fotografar, dar duas de letra e fumar uma cigarrada.
Continuando estrada abaixo passamos por Meimoa, Arrancada até chegarmos a Penamacor. Estrada e paisagem a condizer. Ambas muito simpáticas de percorrer.
Mais uma vez pisamos uma nacional por muito pouco tempo, EN346, para voltarmos a apanhar uma municipal, EM569, que nos conduziu até Aranhas. Aqui cortamos em direcção a Salvador pela estrada do Sidral que nos deixou bem perto da aldeia mais aldeia de Portugal – Monsanto. Pelo menos é assim que é apelidada no roteiro das 12 aldeias históricas de Portugal. Bem perto desta temos Penha Garcia que também tem muito para visitar. Não entramos mas paramos de longe para fotografar Monsanto.
A propósito das aldeias históricas de Portugal recomendo uma visita às mesmas. Todas elas muito bonitas, umas melhor preservadas que outras, mas todas elas dignas de lá perder ums horas.
Circulavamos então pela EN232 e passavamos por Alcafozes e Zebreira, onde tivemos que circular pela EN240 para ir até Salvaterra de Extremo sobre um calor bastante intenso. Nunca por aqui tinha passado e gostei bastante desta aldeia.
Uma curiosidade. Em conversa com alguém que se encontrava sentado a uma sombra e em frente ao café onde comemos um pão com Becel (era mesmo o que havia) e bebemos um sumo, ficamos a perceber que esta aldeia é mesmo muito parada e que não tinha nada a ver com a movimentada Zarza la Mayor em terra de Nuestros Hermanos…imediatamente a seguir no outro lado da fronteira.
Fomos por uma estrada até Segura. Poderíamos ter ido até à Ponte de Segura…mas etavamos curtos de tempo pelo que fechamos os olhos e seguimos em frenteem direcção a Tegueiro e Rosmaninhal. Que estrada fantástica. Esta é a terceira vez que por lá passo mas, desta vez, fiquei surpreendido com o estado da mesma em alguns pontos. Completamente a desfazer-se. Que pena.
As aldeias que se seguiram foram Cegonhas, Monforte da Beira, Malpica do Tejo e Vale Pousadas.
Entre malpica do Tejo e Alfrivida paramos num Parque de Merendas e Miradouro sobre o Rio Pônsul. Estava mesmo calor e deu para tirar os casacos e baixar a temperatura corporal umpouco à sombra duma árvore.
Circulavamos então pela CM1267, CM1365 e EM355 até termos que pisar mais uma vez uma Nacional e, desta vez novamente a EN18 que nos trouxe até Vila Velha do Rodão.
O normal seria continuar pela EN18 mas como este "projecto" passava por evitar ao máximo nacionais, fomos pela EM1373 até Fratel.
Não faltou entretanto uma ida até ao castelo de Rodão ou Castelo do Rei Wamba, onde "obriguei" o meu amigo a ir até lá em cima ao castelo (eu como já tinha ido lá e estava muito calor fiquei à sombra a guardar as motas…eheheheheh). Quando regressou desta caminhada deu-me razão. Valeu apena o calor que apanhou, porque a paisagem é soberba.
Entretanto esta descida do castelo pela EM1373 é divinal, mais pela estrada em si mesma do que pela paisagem.
Entre Fratel e Gardet escolhi uma estrada que passa ao lado de A23. Quando digo ao lado é mesmo ao lado. Muito bom porque torna-se esquisito vermos ao nosso lado a AE e nós irmos evoluindo por um carrosel…sobe e desce, sobe e desce. Achei piada pois o meu amigo quando terminamos disse aquilo que muita gente pensa. "Quando conduzo uma AE e vejo estas estradas pergunto-me sempre como é que se vai por aquela estrada?" … Eu repondi-lhe meio a brincar que comigo tem sempre a hipótese de passar por estradas que nunca pensaria passar.
Em Gardete tomamos a EN329-1 e chegados a Montinho rolamos por estradas bem simpáticas que nos fez passar por Vale da Gama, Vale Pedro Dias, Areia e chegamos a Belver e ao seu magnífico castelo. Poderia ter dito e insistido com o meu amigo para visitar mas não só não tinhamos muito tempo, como era mesmo praxe sugerir que fosse visitar o castelo com o calor abrasador que fazia.
Fotografias da praxe, mas de longe, voltamos à estrada em direcção a Gavião, e pisando muito levemente a EN244, seguimos por Rua 25 de Abril atravessando Vale da Vinha, Margem, Vale do Gato, Monte dos Pereiros Sume e, aqui, apanhamos uma estrada Top, a EM531 até Torre das Vargens onde apanhamos mais uma nacional por alguns km (EN364).
Fomos até Valongo (sim Valongo mas lá bem para baixo no sul), Benavila, Figueira de Barros e Sousel.
Já estavamos a rolar no alto Alentejo e cedo percebemos que o que estava previsto para pernoitar era melhor esquecer dado o adiantado da hora. Acabamos por ficar em Estremoz.
Mais um dia fantástico e bem passado na companhia das nossas brutais máquinas – Super Ténérés.
Jantamos no centro da cidade … desta vez jantamos mesmo um prego muito bem cozinhado e que nos soube pela vida.
Tal como tinha referido inicialmente o erro de sairmos tarde pagou-se caro pois a intenção de ir dormir a Mértola era mesmo muito ambiciosa
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