Percorridos |
280 km |
Velocidade Média |
71 Km/h |
Percurso seleccionado |
95 Km |
Horas efectivas de condução |
04h59m |
Total de horas em passeio |
07h03m |
Altitude máxima |
1014 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Neste dia de Primavera e com um sol a raiar que até “chateava” acordei bem cedo para trabalhar para depois, lá para o meio da manhã, ir dar uma volta com a guerreira (ST).
Não tinha nada planeado pelo que rapidamente me veio à ideia o meu quintal. Mas o que visitar?
Desta vez foram escolhidos os Rios Lordelo (que também lhe chamam Arão) que o percorri desde a nascente até o mesmo desaguar no rio Vouga e o Rio Teixeira que o percorri no sentido inverso, isto é, da foz, também no Rio Vouga, para a Nascente. E chegava? Não, claro que não. Escolhi então algumas aldeias “plantadas” nestas serras: Sernadinho, Sequeiro, Manhouce, Vilarinho, Candal, Cabreiros, Tebilhão, Cando, Canelas e Paradinha (que é uma ida pela vinda).
Eu reconheço que já se torna repetitivo, e até talvez cansativo, mas que estas montanhas são mágicas isso são. É sempre possível descobrir aquela estradinha nova, ou um spot novo para ver os rios a passar lá em baixo, ou as aldeias lá longe ou uma nova perpsectiva dum cume, ou ainda passar por uma aldeia que ainda não tinha lá pisado a borracha da ST.
O arranque para este passeio foi na aldeia de Pontemieiro onde, pelos vistos nasce o Rio Lordelo.
Aqui fui até à praia fluvial e, pelo menos para mim, acho que poderia estar melhor. Isto é, não é que esteja abandalhada, pelo contrário, mas aqueles muros de betão para “prender” a água poderiam estar mais disfarçados. Não deve ser difícil e o spot ficaria com muito menos impacto.
Daqui segui pela EM550 até apanhar a estrada EN227 que liga S. João da Madeira a S. Pedro do Sul. Uma boa estrada a pedir inclinação da mota, pena os pneus mais ou menos de taco que a ST tem de momento, pois certamente seria como quando a percorri, dessa vez desde o seu início até ao seu final, um bocadinho de faca nos dentes. Outros tempos…agora é só calmaria, fotografia e vídeo.
Andei nesta estrada até encontrar a EM569 e EM571 tendo atravessado o Rio Lordelo por duas vezes e parado na cascata de Agualva. Um belo spot que valeu bem a paragem para o registo fotográfico e em vídeo.
Uns km mais à atravesso Lourisela e decorridos mais uns km viro para a EM1384 que me leva Barreiro e Casal Velide. Aqui e acolá e sobre o meu lado direito era possível ir vendo lá em baixo o Vouga. Boa companhia.
Entretanto chego a mais um belo spot que dá pelo nome de Poços Fluviais do rio Teixeira. Muito bom. Um ambiente a toda a volta muito simpático…daqueles que dá vontade de ter lá uma casa.
Tiradas as devidas fotos arranquei rumo ao próximo destino planeado a Praia Fluvial do Vau. Uma desilusão. Não é que o local não seja agradável, mas está votado ao mais completo abandono. Tempo perdido não foi porque a ida e vinda até ao local é interessante bem como o local em si mesmo. Julgo que já deve ter sido aproveitado em tempos pois ainda são visíveis vestígios de placas de betão em alguns sítios que indiciam que tinham “casotas” por cima.
De novo cá em cima sigo em direcção a S. João da Serra, Covelo de novo pela EN227 e quando a mesma se “cruza” com a EM612 meto por esta para me levar aos meus próximos destinos planeados.
Sernadinho, Sequeiro, Manhouce, Vilarinho e a nascente do Rio Teixeira. No entanto em Manhouce viro para a CM1231 e, mais acima, para CM 1231-1 para encontrar os dois últimos destinos atrás referidos.
Ambas as estradas, uma municipal e outras duas camarárias, são dignas de passarmos nelas. Eu nunca me canso.
Seguindo pela EM1231-1 iremos ter a uma bifurcação em que para o lado direito vamos para Coelheira e pelo esquerdo para os sítios pelos quais desejava visitar e passar. Candal, Cabreiros, Tebilhão e Cando. Umas melhor conservadas que as outras mas no geral valeu a visita.
A aldeia de Candal está plantada numa das encostas da serra da Arada e ainda possui habitações, algumas restauradas, em Xisto.
Cabreiros é uma aldeia interessante onde se nota que foi marcada pela vida mineira, pelo que me deu a parecer. Fica também na serra da Arada e tem bastante casario típico, muito dele ainda à espera de ser recuperado.
A aldeia de Tebilhão está a precisar de quem olhe por ela. Com casas bem bonitas e a pedir restauro por quem sabe. Fica numa encosta com uma panorâmica incrível. Saliento aqui os moinhos de água junto à estrada que dá acesso à aldeia. Ainda em bom estado e que dão boas fotos.
A impressão que retenho de Tebilhão replico para Cando, pois também tem uma paisagem incrível. Aqui tive oportunidade de ver como esta aldeia ainda está bem viva pois ao longe regressava uma pastora com um rebanho enorme de Cabras. Vinha a descer na encosta oposta à aldeia e ainda tinha bastante caminho para percorrer. Vida muito dura a desta “Gente” Serrana.
Meto-me de novo à estrada em direcção à próxima aldeia planeada, esta já na Serra da Freita, que dá pelo nome de Canelas.
Uma aldeia maior que as anteriores e com muita casa em Xisto. Nota-se que já existem algumas restauradas e que bem que ficam.
Em conversa com um habitante local o mesmo explicou-me que as outras aldeias devem muito a Canelas, pois foi daqui que saiu o melhor Xisto para construir as habitações que lá se encontram. Estou a escrever de ouvido pelo que não sei qual a veracidade desta informação.
Para aqui chegar ainda foram alguns km de estrada a percorrer. CM1249, R326-1 (junto a Arouca) até encontrar à esquerda, bem lá à frente, a EM505 e, entretanto, “dar de caras” com a aldeia de Canelas.
A aldeia que se seguia, Paradinha, iria ser um percurso mais penoso porque ainda eram uns km e seria uma ida pela vinda. Mas ainda bem que não desisti. Que estradas e que paisagem com o rio Paiva a correr lá em baixo. Mesmo a aldeia está, duma forma geral, bem cuidada. Nota-se que existe aqui muita recuperação. O local é mesmo Top.
Para aqui chegar percorri a EM505, passei a falha da Espiunca e, depois da ponte, virei para a esquerda até apanhar a EN225 (que tem início em Sobrado de Paiva e termina em Bemvende), tendo em Alvarenga entrado novamente na EN326-1 e, alguns km mais, cortar em direcção a Paradinha. Repito valeu apena e recomendo que nunca visitou.
Toca a voltar para trás de novo até à Falha da Espiunca e chegado aqui seguir pela em frente (não virando para a ponte) pela EM505, EN225, EN222 e … casa.
Como acontece com alguma frequência deu-me para inventar e acabei num beco, cheio de lama sem saída na aldeia de Casais.
Ainda antes de iniciar o regresso a casa e a percorrer a EN225 parei na ponte da bateira para capturar o momento.
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