Percorridos |
514 km |
Horas efectivas de condução |
11h12m |
Total de horas em passeio |
13h10m |
Altitude máxima |
2120 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Fiquei farto dos Pirinéus e dos seus Col. Quem viu um viu todos … mas já lá vou. E Grrrrrrrrr que a net neste hotel é miserável.
O dia começou perfeito com uma boa temperatura, céu azul e poucas nuvens. Tudo a deixar antever que teríamos um passeio pelas montanhas Pirenaicas do melhor.
Saídos do hotel lá rumamos ao ponto zero da Transpirenaica que se situa no farol de Hondarribia
Começamos a "atacar" os Pirinéus Atlânticos que vão saltando entre Espanha e França mas com uma predominância de estradas do lado francês considerável.
As estradas iniciais são soberbas. Estreitas, com muitas curvas, quase sempre a subir sendo que a isto se juntam uma paisagem e localidades divinais.
O verdadeiro carrossel teve início a partir da estrada GI-3420 seguindo-se a NA-4000. Duas estradas que valem em apena a sua passagem. Decorridos mais uns km, sempre a percorrer paisagens e localidades muito interessantes encontramos a estrada NA-1740, também no lado de Espanha, que é um verdadeiro mimo.
Pela estrada NA-4000 (Código para inserir no google maps – 768R+32 Zala, Espanha)
Pela estrada NA-1740 (Código para inserir no google maps – 3FV9+5Q Aitzano, Espanha)
Chegados ao final desta estrada entramos na NA-138 que, qual não é o meu espanto, decorridos meia dúzia de km dou de caras com o que resta de uma fábrica de armamento. Pensei eu, no meio dos Pirinéus? O que é certo é que existiu e tem o que resta dela a poder ser visitado. A empresa era a Real Fábrica de Armas de Eugi.
Logo de seguida entramos em França e tomamos a D58. Achei curioso que a maior parte das vezes quando atravessamos uma fronteira notamos logos as diferenças na forma de construção das casas, no entanto neste caso as diferenças, se é que existem, são quase imperceptíveis. Apenas nas igrejas se notam diferenças.
O primeiro col pelo qual passamos, acima dos 1000 metros, foi o de Puerto de Ibañeta com 1057 metros que se percorre pela estrada 135.
Descendo vamos ter a Roncesvalles uma localidade bem simpática e onde aproveitamos para tomar um café.
Decorridos cerca de 50 km, onde realço a paisagem e estrada, passamos por mais um col (Laza) com 1129 metros na estrada NA-140.
Estava mesmo a correr bem em todos os sentidos. Estrada Top, paisagens divinais, temperatura excelente para andar de mota.
Chegados a Isaba, passamos para a estrada NA-137 situada num vale lindíssimo e onde era possível ver duas coisas. O Col pelo qual iríamos passar a seguir e as condições metereológicas que andavam lá para cima. Não gostei lá muito daquelas nuvens cerradas que nem se conseguia perceber se eram de nevoeiro ou de chuva … ou as duas situações juntas.
Lá continuamos pela NA-137 demos início a subida vertiginosa montanha acima e mais ou menos a meio ainda conseguimos capturar com as nossas câmaras fotográficas e telemóveis aquele momento divinal.
Mirador de Larra-Belagua na NA-137 (Código para inserir no google maps – W4RX+RW Uztárroz, Espanha)
Atravessamos a fronteira para França e aqui começa a "desgraça". Ao chegar ao Col de Pierre Saint Martin a uma altitude de 1765 metros o que vimos foi NADA. Mas mesmo NADA. O nevoeiro era tão denso que não se via para além de 4 ou 5 metros. Pensamos nós que foi azar mas que nos que se seguiam a situação ia melhorar.
Depois daquela nevoeirada toda a estrada que se seguiu foi a D441 que nos levou até à D442. Esta última é uma daquelas estradas que dá vontade de repetir, não sem fazer toda a descida bastante apreensivo e só "rezava" que não viesse um carro em sentido contrário pois o meu irmão veio de carro e sinceramente não estava a ver o que se poderia fazer. Felizmente conseguimos chegar cá em baixo sem sobressaltos e conseguimos "curtir" a estrada, a paisagem e os animais que se cruzavam connosco.
Quem vier para estes lados e tiver curiosidade recomendo um passeio por esta D442 já do lado dos Pirinéus Franceses.
Bedous, Sarrance, Escot, Bielle, Laruns e Gourette são algumas das localidades bem interessantes pelas quais passamos usando as estradas N134, D294, D934 e D918. Nesta última quando começamos a subir em direcção ao Col de D’Aubisque percebemos logo que o filme de terror iria ser como no col anterior. Isto é, que o nevoeiro iria ser de cortar aos gomos. Assim foi. Como este é um dos Col míticos lá saí da mota e registei o momento em foto.
Col de D’Aubisque na estrada D918 (Código para inserir no google maps – XMG5+HX Béost, França)
Agora explico qual a razão no início disse que quem viu um Col viu todos. Daqui para a frente foi sempre assim ou ainda pior como os casos dos Col de Tourmalet a 2115 metros de altitude, o Col D’Aspin a 1489 metros e o Col de Peyresourde a 1569 metros.
Como um mal nunca vem só, acabamos a dormir numa zona muito bonita mas num hotel que, pelo menos para mim, estava longe das minhas expectativas. Explicando melhor eu diria que era mesmo fraquinho.
Vamos lá a ver se o dia corre melhor amanhã.
Uma coisa é certa VOLTAREI tantas vezes que forem necessárias para percorrer esta rota dos Cols até que apanhe bom tempo e acho que quer o meu irmão quer o João ficaram a pensar o mesmo.
[zombify_post]