Percorridos |
296 km |
Horas efectivas de condução |
05h38m |
Total de horas em passeio |
06h54m |
Altitude máxima |
1817 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Afinal saímos de Andorra sem fazer as tais compritas, mas também este desvio de ficar em Andorra foi afinal de contas uma decisão de última hora.
Como tínhamos tempo para chegar a Roses saímos de Andorra ao final da manhã pois ainda fui ver se arranjava um fato Gore Tex laminado. Esta terra só deve ter motards gigantes ou então o problema é meu que sou baixinho…se calhar é mesmo isso.
A estrada que deixamos ontem para desviar para Andorra, a N-260, foi a que tivemos que retomar hoje em La Seu D’Urgell.
Já agora e a título de curiosidade, porque na minha opinião a estrada o merece, esta N-260 tem início na localidade de Sabiñánigo e termina em Portbou tendo uma extensão de cerca de 460 km. O seu final é mesmo na fronteira com França e depois passamos a percorrer a D914.
Se já ontem a impressão que nos deixou esta estrada foi francamente positiva hoje a sensação foi exactamente a mesma. Muita curva, e da boa, com paisagens bem narcantes para irmos conduzindo a nossa mota em modo relax.
Algumas das localidades pelas quais passamos são também dignas de visita… mas hoje estes dias foram mesmo dedicados para percorrer a Transpirenaica pelo que foi andar, olhar e seguir viagem. Tal como nos dias anteriores.
No percurso planeado a N-260 não iria ser percorrida em toda a sua extensão pois para percorrer a Transpirenaica quando passamos Belver de Cerdanya, uns km mais à frente, sobre a nossa direita aparece a estrada N-1411, seguida da LP-4033b que nos levam até Alp. Aqui percorremos a E9 umas centenas de metros para logo a seguir tomarmos a estrada GI-404 e logo a seguir a GI-400 que nos leva por Masella, pela estância de ski de Molina e La Collada. Aqui vamos de novo encontrar a N-260 que a iremos percorrer até Ripoll.
Esta GI-400 vale mesmo apena percorrer. Recomendo vivamente a quem por aqui andar perto que o faça.
As três fotos abaixo foram capturadas na GI-400 na estância de Ski de La Molina (Código para colar no Google Maps – 8WQR+2J La Molina)
Se até aqui esta travessia da Transpirenaica estava a ser excelente assim continuou. Constantemente a sermos brindados com muita curva com alcatrão em bom estado e a puxar pelo rodar do punho direito com maior firmeza … mas lá nos contivemos porque o importante mesmo era curtir o conjunto estrada-paisagem-localidades.
As quatro fotos abaixo foram capturadas na N-260 (Código para colar no Google Maps – 82G9+WR Toses)
O que é percorrer as GI-400 e N-260? Muitas curvas com muitas subidas e descidas à mistura. Mesmo como eu gosto e julgo que de uma forma geral todos os amantes das duas rodas de motar a combustão gostam (ove rand out porque os electricistas não vão gostar). Um verdadeiro carrossel e dos bons.
Chegados a La Colònia Llaudet deixamos de novo a N-260 e entramos na C-38 até atingirmos a fronteira com França. Mais uma para a colecção. Que maravilha de estrada.
Já do meio para o fim da C-38 paramos, pois a fome e sede já apertavam. Como no pequeno-almoço preparamos “umas coisitas” para petiscar lá paramos as nossas motas à sombra e perto de roulotte onde vendiam, entre outras coisas, EXPRESSO.
(Código para colar no Google Maps – 9C37+8G La Ginestosa)
Barriga reconfortada implica borracha de novo no alcatrão. Foi o que fizemos.
Uns km mais à frente temos a fronteira com França e o Col d’Ares com os seus 1515 metros de altitude.
(Código para colar no Google Maps – 9F84+WP Prats-de-Mollo-la-Preste, França)
Uma curiosidade em termos de altitude desde que saímos de Andorra até o Col d’Ares. Saímos de Andorra numa cota de 1809 metros, chegamos a atingir 1804 metros e o ponto mais baixo que andamos foi de 697 metros.
Entrados em França mais um conjunto de estradas TOP.
A D115 atravessa várias localidades bastante bonitas mas destaco Prats de Molló.
A D5 atravessa a bonita localidade de Saint-Laurent-de Cerdans. Não paramos pelo que não posso partilhar fotos. Contudo ao percorrermos o seu interior ficou o momento registado em vídeo.
Esta D5 leva-nos até à fronteira com Espanha, logo a seguir a Coustouges, e passamos a percorrer a GI-503 até Darnius. Mais uma estrada Top a juntar a todas as outras que antecederam quer do lado Francês quer Espanhol.
Já começava a “cheirar a mediterrâneo”. Já fazia algum tempo que as montanhas tinham passado de um verde intenso para um verde mais mediterrânico. Mais pardo e, como tal, mais seco e com vegetação nitidamente mediterrânica. Comecei a ter esta sensação a partir de, mais km menos km, termos entrado em França quando passamos o Col d’Ares. Posso estar enganado mas é a sensação com que fiquei.
A estradas que se seguiram foram as GI-502, GI-602, GIV-6022, GIP-6031, GI-603, C-252, GI-604, GIP-6041. Todas elas uma verdadeira maravilha para rolarmos nas nossas motas. Mais uma vez quem andar por estas bandas não se esqueça destas estradas. Valem bem apena.
Fizemos um “short Cut” que estava planeado, pois viemos pernoitar a Roses e amanhã voltaremos à estrada para apanharmos a GI-614 que nos levará até Cadaqués (Salvador Dali andou por aqui) e depois iremos até ao Cabo de Creu, terminado assim a nossa viagem pela rota, “on road” apenas, da Transpirenaica.
Na primeira foto Vista da povoação de Roses e, na segunda foto, o Hotel Prestige Coral Platja
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