10.08.2020 – 2º Dia Picos da Europa de Fuente Dé a Villablino

Percorridos

510 km

Percurso seleccionado

Horas efectivas de condução

09h13m

Total de horas em passeio

13h20m

Altitude máxima

1565 m

Mota

Yamaha Super Ténéré

https://youtu.be/G4k8zrs-9vQ

https://youtu.be/dMpAj7qUZJM

https://youtu.be/l_-BPqXmXEM

Uma imagem com mapa  Descrição gerada automaticamente

Pela manhã bem cedo arrancamos do hotel em Lon com uma irritante chuva miudinha. Felizmente a mesma não nos acompanhou por muito tempo, bastava o João parar para colocar o forro de chuva que a mesma parava imediatamente. No entanto, alturas houve em que o nevoeiro era cerradíssimo, mas nada que nos fizesse desistir e prosseguir com o que estava planeado para este segundo dia.

Primeiro destino foi Covadonga, sabendo de antemão que uma visita aos lagos estava fora de questão, pelo que lá fomos pela N-621 até Unquera onde paramos para tomar um café. 

Pelo meio ficou a magnífica passagem pelo “Desfiladero de La Hermida”, troço de estrada com cerca de 20 km onde somos quase todo o tempo acompanhados, ora pelo nosso direito ora pelo esquerdo, pelo Rio Deva. São inúmeros os desníveis neste rio que formam pequenas cascatas todas elas com uma beleza ímpar. Dá vontade de estarmos constantemente a parar e registar o momento em fotografia e/ou vídeo.

Tomado o café seguimos em direcção ao tal conjunto de estradas que, de todas as vezes que por aqui andei nunca me cruzei com motards. Como gosto de percorrer este set de estradas seria óbvio partilhar com o João as mesmas. Desta vez até tive mais sorte, e claro o João também, porque contrariamente a outras vindas por aqui o céu estava bem azul e límpido.

De Unquera seguimos, quase sempre com o rio Cares a acompanhar-nos, por Narganes, Las Arenas, Ortiguero, Meré, Rales … 

… flectindo aqui em direcção a Nueva para de novo aqui chegados apontarmos as nossas motas em direcção a Llamigo, Riensena …

… e Corain. Este conjunto de estradas é divinal quer pela paisagem, quer pelo constante sobe e desce com inclinações incríveis, quer pelas constantes curvas, quer ainda pelo contacto constante com a vida animal, doméstica e selvagem. Uma delícia para quem, como nós, gostamos de conduzir mota.

Chegados a Soto de Canga lá fomos até Covadonga onde paramos no Santuário. Como já tinha vindo aqui algumas vezes fiquei a descansar e a guardar as motas enquanto o João andou a visitar as redondezas. Sim, descansar porque nesta altura o pé direito, que tinha alguns dias antes largado a bota de talas, lembrou-se de ficar a doer. Na altura não disse ao meu amigo nada, mas que o raio da perna e pé doíam e doíam bem.

Como o tempo não dava para tudo, passamos pelo centro de Cangas de Onis sem parar e dirigimo-nos em direcção ao “Desfiladero de Los Beyos” que, como é óbvio, é um “must go”. Realço que toda a estrada (N-625) é toda ela um prazer conduzir pela mesma. 

Sim, claro que paramos no mirador de Oseja de Sajambre. Faz parte pelo que não poderíamos passar sem fazermos o respectivo registo fotográfico. 

Voltando ao “Desfiladero de Los Beyos”, este é troço de estrada com cerca de 12 km onde somos acompanhados pelo rio Sella, umas vezes pelo nosso lado esquerdo e outras pelo lado direito. Também este é um lindo rio, com uma cor típica das águas de montanha e com muitos desníveis formando pequenas cascatas lindíssimas. Tal como no desfiladeiro que passamos pela manhã, também este dá vontade de estarmos constantemente a parar para deixar o momento captado nas nossas máquinas de vídeo e/ou fotográfica.

Lá fomos seguindo pela N-625 até a mesma encontrar a LE-2711 pela qual viramos. Contudo não nos apercebemos que estaríamos sem gasolina e decorridos alguns km percebemos que a estação de serviço mais perto seria em Riaño, pelo menos era o que os nossos GPS’s indicavam. Toca a voltar para trás e vir até Riaño atestar os depósitos e fazer de tudo de novo para cima até voltarmos a entrar na LE-2711 em direcção a Posada de Valdeón, Santa Marina de Valdeón, Portilla de la Reina, Boca de Huérgano, Riaño e, alguns km mais à frente cortarmos à esquerda pela CL-635 onde iniciamos a entrada num outro parque o de Montaña de Riaño y Mampodre. Seguiram-se então as estradas AS-117, AS-116, AS-265, AS-227 e L-495. Saliento que ao passarmos por este conjunto de estradas já estamos a percorrer outros dois parques, os de Ubiñas de La Mesa e de Somiedo. Foi neste último parque que a subida e descida do mesmo se fez com um nevoeiro tal que conduzir a mais de 30 km/h teria sido uma inconsciência total. Não se via um palmo à frente do nariz. Foi pena, pois estou certo de que o João iria apreciar bastante a paisagem deste troço. Fica para uma próxima que ele aqui venha.

Apesar de termos planeado para este dia cerca de 500 km nem por isso foram várias as paragens. A paisagem merece-o sem dúvida alguma.

Não querendo menosprezar outros pontos de paragem e outros miradores, existem dois que destaco. Os “miradores de Valdéon e o de Pandetrave ambos com vista sobre o vale de Valdeon. São soberbos.

Um pouco antes de chegar a Anzó mais uma paragem no Embalse de Tanes

O dia terminou em Villablino num hotel bem melhor que o da noite anterior e onde jantamos no centro da localidade realmente bem. Foi a cereja em cima do bolo a forma como acabamos este dia.

Não ficaria terminada esta partilha deste passeio pelos três parques que visitamos se não referisse que os mesmos são de facto uma maravilha que, para nós portugueses aqui do Norte, estamos à distância de poucas horas. 

Posso afirmar que já conheço Espanha, tirando a região dos Pirinéus Espanhóis, razoavelmente bem. Não tenho dúvidas em seleccionar esta zona dos montes cantábricos como a melhor região de Espanha para passearmos de mota.

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