11.06.2021 De norte a Sul de Portugal por estradas Nacionais

Percorridos

820 km

Velocidade Média

80 Km/h

Percurso seleccionado

670 Km

Horas efectivas de condução

10h14m

Total de horas em passeio

12h59m

Altitude máxima

989 m

Mota

Yamaha Super Ténéré

Pois é a saga das estradas nacionais voltou a ser activada. Já fazia algum tempo que não me dedicava a este "projecto". Desta vez fui para sul dado que para Norte estão todas percorridas. Então lá vão as minhas opiniões sobre estas estradas.

Uma imagem com mapa  Descrição gerada automaticamente

1ª Etapa 

EN236 Foz do Arouce a Derreada

EN351 Álvaro a Envendos

EN246 Alpalhão a Elvas

EN254 Vila Viçosa a Viana do Alentejo

EN383 Torrão a Aljustrel

EN391 Serpa a Castro Verde

https://youtu.be/TWiI03mLAPk

EN236 Foz do Arouce a Derreada (~55 km)

Que maravilha que é percorrer esta EN236 a partir da Lousã. A partir daqui entramos na serra e num rodopio de curvas com uma paisagem fenomenal sempre a "perseguir-nos".

Recomendo, para quem nunca visitou, uma visita ao Castelo da Lousã (também designado por Castelo de Arouce). É uma pequena fortificação, situada num local idílico, que consegue transportar a nossa imaginação para a importância do mesmo, dada a sua localização estratégica, nos tempos em que nos víamos obrigados a defender das incursões de "Nuestros Hermanos" sobre o nosso território. Como digo recomendo a visita, até porque depois aproveitam para percorrer esta lindíssima estrada.

Ao longo de todo o percurso os spots são muitos mas tinha pela frente muitos km pelo que optei por me ficar pelas filmagens em andamento e apenas parar em três pontos…mas deixei marcados muitos outros para quando aqui passar de novo.

Uma imagem com árvore, exterior, relva, montanha  Descrição gerada automaticamente     Uma imagem com motociclo, exterior, árvore, rua  Descrição gerada automaticamente

Uma imagem com exterior, motociclo, árvore, rua  Descrição gerada automaticamente

  Uma imagem com montanha, natureza, exterior, ravina  Descrição gerada automaticamente

Ao percorrermos esta estrada temos várias indicações para as aldeias do Xisto desta serra. Talasnal, Chiqueiro, Casal Novo, etc… mas passamos mesmo em Candal e pela sua cascata.

A estrada que se seguia a esta "curvilínea" EN236 ficava apenas a alguns km de distância da outra que iria percorrer e, entre ambas apanhei um troço da EN2 (que foi minha companheira mais algumas vezes em vários pontos mais adiante) e um troço da EN344 onde temos alguns spots a pedir a nossa paragem. Um bom exemplo disso mesmo os vários pontos em que avistamos lá em baixo o Zêzere a serpentear por entre os montes.

Uma imagem com relva, montanha, exterior, natureza  Descrição gerada automaticamente    Uma imagem com exterior, montanha, relva, motociclismo  Descrição gerada automaticamente

EN351 Álvaro a Envendos (~73km)

Muito embora esta estrada designe Álvaro como tendo início, a mesma tem realmente início numa localidade que se situa uns km antes e que dá pelo nome Maria Gomes.

Ao passarmos cá em cima por Álvaro não ficamos indiferentes e somos mesmo forçados a parar. Esta aldeia possui uma implantação curiosa, pois aproveitou o relevo do monte para instalar o seu casario. Para além disso e olhando mais para a direita vemos uma das muitas curvas do rio Zêzere a 90º. Sublime.

Uma imagem com exterior, céu, estacionado, transporte  Descrição gerada automaticamente

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A paisagem mudou entretanto. Menos verdejante que a percorrida pela EN236. Ou melhor, a EN351 não tem o "arvoredo" tão junto à estrada dando impressão falsa que é menos verdejante. 

Passamos por Oleiros, Isna, Sobreira Formosa onde perdemos a mesma e somos forçados e entrar na EN233 e IC8, para a voltarmos a encontrá-la de novo um pouco antes de Esteves sobre a nossa direita (no sentido que levava é claro).

Depois de Oleiros também temos muitas curvas mas estas são mais largas. Recomendo apenas que não se deixem levar pela emoção porque em algumas delas aparecem pedras e areia que podem significar um dia estragado desnecessariamente. 

Chegado a Envendos, e com o calor a apertar, parei para refrescar, comer alguma coisa, fumar uma cigarrada e retirar algum do equipamento que trazia vestido para modo CALOR.

Uma imagem com exterior  Descrição gerada automaticamente

A estrada que seguia ainda ficava a um bom par de km de Envendos, pelo que quando planeei este passeio elegi a IP2 para me levar rapidamente até Alpalhão.

EN246 Alpalhão a Elvas (~84 km)

Entro definitivamente em território alentejano, mais concretamente do Alto Alentejo, com a sua paisagem muito característica a encher o meu olhar. Começo a avistar a Serra de São Mamede e em alguns pontos até conseguimos ver o imponente Marvão e o seu castelo bem lá em cima.

Recomendável sem dúvida quem faz esta estrada em modo passeio, e não objectivo como eu a percorri, uma visita a Castelo de Vide, Marvão, Portalegre, Alegrete, Arronches e, finalmente, Elvas.

Como é óbvio para quem for percorrer esta estrada no tal modo passeio pode, saindo por apenas alguns km da mesma, visitar outras localidades top. Crato (Pousada é um must), Alter do Chão (a Coudelaria), Arronches (vila muito arranjada e bem bonita), Estremoz (cidade muralhada), Campo Maior (Terra do café e não só) … Como digo, são saídas do eixo EN246 mas que valem apena.

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Sobre a estrada em si mesmo apenas retenho que é daquelas rolantes onde ligamos o "cruise control" e vamos evoluindo calma e serenamente estrada abaixo, com uma paisagem muito menos verdejante e mais dourada. Estamos já em cima do Verão pelo que é natural que assim o seja.

Entretanto a EN4 levou-me ao próximo destino que era já ali. Refiro-me a Vila Viçosa e ao seu magnífico Paço Ducal.

Até aqui tudo perfeito EN236, EN351 e EN246, embora muito distintas entre elas, a levarem-me a passar bons momentos com a minha inseparável e fiável ST. Muito sofre este maquinão. Quanto mais km faço a conduzir esta mota mais sinto que o José Pedro Carvalho tinha toda a razão quando, faz agora cerca de 3 anos e meio, me disse como amigo e não como Concessionário Yamaha, que iria ter uma mota para comer estrada e não ter problemas. É mesmo isso.

EN254 Vila Viçosa a Viana do Alentejo (~85 km)

Continuo a penetrar na região Alentejana mas agora mais para o seu miolo. Mais uma estrada rolante com uma paisagem dourada a "perseguir-me".

Esta EN254 leva-nos por Redondo e a imponente Évora.

Uma imagem com exterior, céu, rua, árvore  Descrição gerada automaticamente

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Muitas rectas a exigir controlo no punho direito pelo que o melhor é mesmo meter de novo o “cruise control” em funcionamento.

EN383 Torrão a Aljustrel (~80 km)

Continuo a rolar pelo centro alentejano com muito calor e com a paisagem dourada a continuar a seguir-me.

Muito embora a ideia fosse ligar estas duas localidades passando por Santa Margarida do Sado e Canhestros a realidade é que tal nunca foi efectuado. Para ligar estes dois pontos voltamos de novo a pisar a EN2 e, chegando a Ferreira do Alentejo viramos para Figueira dos Cavaleiros. Aqui uma peripécia. Nunca ando de mota sem estar com equipamento apropriado. Por muito calor que faça. Acontece que ao acabar de entrar na IP8 um bicho, que mais tarde percebi que era bem grandinho e vermelho, conseguiu entrar pela manga do casaco que estava apertada e mandou-me cá uma ferradela que até vi estrelas. Lá parei a mota, sabe-se lá como, mesmo em frente à estátua que existe à entrada de Figueira dos Cavaleiros, o fecho do casaco encravou e tirei o mesmo na base do arrancar. Quando virei a manga do casaco sai de lá de dentro o criminoso, o tal “Pterodáctilo” vermelho. Como é óbvio o desgraçado não vai morder mais nenhum motard, pois sentiu o peso da minha bota Forma em cima dele.

Estrada sem nada digno de registo e não fosse aquela peripécia era mesmo sem interesse nenhum.

O ponto seguinte estava marcado para Serpa. Talvez efeitos secundários da ferradela do “Pterodáctilo” vermelho o que é certo é que me enganei e ao invés de ir para Baleizão, após Beja, pela EN260 para apanhar a EN391 no seu início, saí pela EM511 o que me obrigou a fazer uma ida pela vinda.

EN391 Serpa a Castro Verde (~48 km)

Já estou no Baixo Alentejo, debaixo de um calor abrasador, mas continuo com um sorriso nos lábios pois estou com a minha ST a rolar em Portugal.

Nada a assinalar para além do facto de ser muito difícil de apanhar realmente esta estrada pois ela corre ao lado da IP2 e é difícil de encontrar o ponto onde possamos entrar na EN391.

Uma imagem com exterior, árvore, céu, rua  Descrição gerada automaticamente

Os percursos planeados para este primeiro dia estavam realizados e era altura de começar em pensar num local para dormir. Como iria arrancar a partir de Mértola a escolha foi arranjar qualquer coisa ali por perto. Não foi fácil pois a oferta hoteleira não é muita e o fim de semana é prolongado. Acabei por ir parar ao Palacete dos Alcaides nas Minas de São Domingos. Confesso que não faz minimamente o meu estilo de hotel. Mesmo nada. Mas lá teve que ser. No entanto deixo aqui a dica para aqueles que andam, por exemplo a percorrer o ACT, que possuem aqui um local para dormir relativamente barato. O dono é extraordinariamente simpático e prestável. Nada a apontar quanto a isso.

Entretanto a ida até Mértola foi percorrida pelas excelentes estradas EN123, EN122 e depois, até ao “refúgio” onde pernoitei, pela EN265.

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