Percorridos |
506 km |
Percurso seleccionado |
240 Km |
Horas efectivas de condução |
08H32m |
Total de horas em passeio |
13H04m |
Altitude máxima |
1150 m |
Mota |
Yamaha T700 |
Quando planeei o passeio que se iniciou em Vila de Frade e que terminava no Pópulo tinha, na altura, planeado percorrer do Pópulo até Ponte de Telhe. A ideia continuaria a ser continuar a percorrer as localidades pelo seu interior bem como percorrer estradas municipais e camarárias que unissem estes “2 pontos”.
Como são trajectos demorados, não pela quantidade de km a percorrer, mas pelas muitas paragens que se vão fazendo para registar os fantásticos momentos pelos quais vamos passando, sobre a forma de foto ou vídeo, decidi na altura dividir estes dois percursos em dois dias.
Num belo dia fui desafiado pelo Rui Lima para ir dar um giro, pelo que me lembrei logo deste percurso. Como publiquei no grupo acabou por o César Vieira se juntar a nós também.
Lá partimos bem cedo do ponto de encontro e, já em Murça, juntou-se o César.
Entramos então numa jornada de muita curva, mesmo muito curva, muitas aldeias e Vilas, muita paisagem de cortar a respiração. Bem troços houve que, pelo menos para mim, cada curva que acabava de efectuar era sempre melhor que a anterior pela paisagem que se abria à minha frente.
Entramos numa paisagem bem mais ao estilo do Douro vinhateiro onde abundam as vinhas e onde as montanhas possuem muita “pedra à vista”.
Quando saímos de Murça estávamos a cerca de 450 m de altitude, a sucessão de curvas sempre com tendência descendente trouxe-nos até aos cerca de 50 m já na estação de comboio do Tua.
Pelo ficaram Noura, Candedo, Sobreira, Carlão, Franzilhal, Amieiro, Safres e São Mamede de Ribatua.
Candedo
A ida até a estação de caminhos de ferro de Tua foi uma ida pela vinda, pois o interesse era mesmo apenas visitar esta aldeia e a sua estação que, felizmente, ainda se encontra razoavelmente bem conservada.
Cais da Brunheda
Pela EM582 com vista para o Tua
Pela EM596 Com vista para o Tua
Miradouro do Ujo
Não faltou a peripécia em que me costumo enfiar e tendo-me enganado ao olhar para o GPS por causa do sol que lhe batia, corto à esquerda numa ruela a subir consideravelmente com o Rui logo atrás de mim. Era mesmo um engano, pelo que passar a linha de caminho de ferro onde o fizemos foi uma pequena aventura. Mas fica o momento para mais tarde recordar como dizia o Rui quando lhe pedia desculpa pela “alhada em que me meti e que o arrastei comigo”.
De volta a Ribatua cortamos em direcção a Castedo, mais uma ida pela vinda pois era apenas para visitar este local, Granja, Favaios, Mondego, Soutelinho, Sabrosa, Paços, Roalde, Paradela de Guiães, Ordonho, Gouvinhas, Covas do Douro até chegarmos ao Pinhão.
A T700 com São Mamede de Ribatua ao fundo
Entretanto o César tem que regressar e lá continuo o passeio com o Rui Lima
Pela EN322 a atravessar o Rio Pinhão
Pela EN322-2 com o Rio Douro lá ao fundo
Todo este percurso é muito bom de se fazer, mas saliento o troço entre Paradela de Guiães até quase a chegar ao Pinhão. É um sobe e desce constante, com muita curva e contracurva a acompanhar e com muitos spots a pedir paragem para registar o momento. As paisagens sobre o Rio Douro absolutamente fantásticas obrigam-nos mesmo a parar.
Bem lá passamos a muito bonita estação dos caminhos de ferro do Pinhão com os seus magníficos azulejos com pinturas das lides da região, atravessamos o Rio Douro pela ponte rodoviária projectada por Gustave Eiffel no século XIX e seguimos em direcção a Santo Aleixo e Tabuaço. Infelizmente não prosseguimos, como tinha idealizado, por Barcos, Santo Adrião e Vila Seca para chegarmos a Armamar, porque no centro de Tabuaço para além do GPS me indicar constantemente ruas de sentido proibido, haviam muitas obras o que nos obrigou a improvisar e descer novamente até ao Rio Douro indo por Adorigo, Folgosa e umas centenas de metros mais à frente cortar à esquerda por Vacalar e São Joaninho.
Foi pena o engano pois a estrada que estava planeada é bastante boa em todos os sentidos. Ficará para uma próxima Rui e César (muito embora ache que o César já a conheça).
Eis-nos chegados a Armamar já com cerca de 300 km percorridos. Não houve paragem, apenas passamos “ao largo” em direcção aos nossos próximos destinos que começavam a deixar para trás a paisagem do Douro Vinhateiro e dar lugar a uma outra mais agreste mas bem mais ao meu gosto.
O Douro Vinhateiro reconheço que nos proporciona boas paisagens mas…e aqui vem o meu mas, com muita intervenção do Homem.
Rolávamos então em direcção a Travanca, Santa Cruz, Salzedas e Ucanha.
Não paramos em Salzedas porque não entendi se queriam para ou não. Mais tarde vim a perceber que o Rui até teria apreciado parar nesta Vila um pouco. De facto vale mesmo apena e recomendo que parem a mota e passeiem pelas redondezas um pouco, com visita ao Mosteiro como é óbvio.
Em Ucanha uma paragem junto à ponte sobre o Rio Varosa com a sua imponente Torre. Claro que houve tempo para as fotos da praxe.
Tal como Salzedas, Ucanha é ponto de paragem que recomendo vivamente.
Estava a chegar ao fim o passeio mas ainda tínhamos alguns km para percorrer, cerca de 115 km, até Ponte de Telhe.
Definitivamente numa paisagem radicalmente diferente entramos pelo Maciço da Gralheira (composto pela cadeia de montanhas das quais fazem parte as Serra da Freita, a Arada, o Arestal e São Macário…não tenho a certeza mas julgo que também a de Montemuro).
É também para estes lados que atingimos o ponto mais alto do passeio com 1150 m (e um frio e vento de rachar) entre as localidades da Gralheira e Vila de Papas.
Em São Martinho das Moitas a atravessar o Rio Paiva
Por estas montanhas passamos por Lalim, Lazarim, Parafita, Bigorne, Gosende, Feirão, Talhada, Panchorra, Gralheira, Vilas Boa de Baixo e de Cima, Fermentãos, Aveloso, Sobrado, Meã, Ameixiosa, Sete Fontes, Sá, Macieira, Portal do Inferno e Garra, Moldes, Telhe e finalmente Ponte de Telhe.
Aqui chegados mudei as configurações do GPS e seleccionei casa.
Mais um dia bem passado na companhia de dois bons amigos.
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