Percorridos |
511 km |
Percurso seleccionado |
— |
Horas efectivas de condução |
08h07m |
Total de horas em passeio |
11h45m |
Altitude máxima |
1731 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Bem cedo pela manhã fomos brindados no hotel com um pequeno-almoço divinal, no terraço do hotel, com um olhar para a famosa ponte de ronda.
O que estava planeado para este dia era bastante ambicioso pois seria sair de Ronda e atingir o primeiro ponto sempre por estradas Nacionais. No entanto o que aconteceu realmente foi um pouco diferente, pois perto da localidade de Loja não conseguimos encontrar a estrada que o Garmin nos indicava (não existia mesmo) e acabamos por andar em modo Off Road sem querer.
Como é óbvio perdemos muito tempo e mal conseguimos encontrar a estrada novamente apontamos para a A92 e seguimos na mesma até Granada e depois na A44 saindo aqui em direcção a Lanjáron que era o nosso primeiro ponto de paragem.
Já com a situação sob controlo voltamos ao trajecto planeado.
Mas que passeio fantástico. Estradas top e repletas de curvas de todos os tipos, subidas e descidas também de todo o tipo, ora mais íngremes ora menos íngremes, qualidade do alcatrão, duma forma geral muito boa, havendo contudo de ter sempre cuidado porque em algumas zonas o mesmo fica que “vitrificado” e torna-se muito traiçoeiro. A escorregadela é garantida.
Visitar as Pueblas Blancas em Agosto e de mota é preciso gostar mesmo muito de rolar. As temperaturas são muito elevadas e a paisagem muito “seca” ajuda a tornar a situação ainda mais quente. Certamente que nunca mais porei aqui um pé em Agosto. Acho que o João é da minha opinião.
A paisagem que nos acompanhou durante todo o percurso é fantástica. Como já partilhei acima, muito seca mas com uma vegetação muito típica para conseguir vencer Invernos e Verões com temperaturas extremas e em sentidos opostos.
Das estradas saliento:
– a subida a Cáñar, que é uma ida pela vinda, mas divinal. Fez-nos bastante lembrar, quando estamos cá em cima, a estrada que dá acesso a Unhais da Serra quando vimos pela Nave de Santo António. Mesmo muito parecido com aquele encadeado de curvas a lembrar um mini passo de montanha.
Foi também aqui que aproveitamos para fazer uma refeição ligeira e, sobretudo, repor líquidos pois o calor era verdadeiramente insuportável e com toda aquela roupa de mota a transpiração e consequente perda de líquidos era inevitável.
– Não entramos na Puebla de Alpujarra tendo passado bem cá em baixo ela localidade, contudo o momento para capturar em foto não faltou
– a passagem na A-4132 pela Puebla de Pampaneira, bem como a Puebla em si mesma. Ainda é possível ver muitos vestígios da época de ocupação Mourisca no seu casario. A sua implantação fica no sopé da montanha e o enquadramento da Puebla é muito bonito. Uns km mais à frente a não perder a paragem no Mirador de Poqueira com uma paisagem bem interessante. Imagino que no Outono este spot seja divinal.
– a passagem pela Puebla de Trevélez, ainda pela A-4132. Esta Puebla é considerada a mais alta de Espanha, situando-se a cerca de 1650 m de altitude, e é sobejamente conhecida pela qualidade dos seus presuntos que, infelizmente, à hora a que passamos era de siesta pelo que estava tudo fechado. Numa daquelas placas que se encontram junto à estrada foi possível ler que esta Puebla está “encostada” a duas das montanhas mais altas de Espanha (Mulhacen e Alacazaba) e tal é bem visível.
– a passagem na A-4130 pela Puebla de Bérchules. Esta é também uma Puebla bastante bonita e arranjada e com muitos vestígios ainda de ocupação Mourisca. Passa por esta localidade o maior rio de Sierra Nevada…pelo menos foi o que nos disse um habitante local.
Esta estrada A-4130 faz-nos passar por várias Pueblas bastante interessantes tais como, Mecina Bombáron com alguns fortes vestígios Mouriscos mas também medievais. Daqui já foi possível ver, embora que bem longe, o mediterrâneo.
Yégen, Válor, Mecina alfahar, Mairena e Laroles são outras 5 pueblas servidas por esta estrada. Todas elas brancas, como é óbvio, e cada uma com os seus encantos.
– a estrada A-337 toda ela repleta de paisagens incríveis e estrada a condizer com muita curva, subidas e descidas para todos os gostos
– a estrada AL-5402 que nos trouxe até Láujar de Andarax. Nas tais placas de estrada foi possível ler que esta localidade teve a sua importância na conquista de territórios aos Mouros e é considerada a aldeia mais antiga de Espanha. Não entramos em Andarax para visitar, mas pelo que vi será certamente uma daquelas pueblas que não deixarei de o fazer numa próxima passagem por aqui.
– a estrada AL-3404 entre as localidades de Ohanes e Rágol. Um verdadeiro carrossel com uma paisagem rude, mas fantástica a acompanhar-nos todo o tempo.
Já começava a ser tarde pelo que seguimos em direcção a Mini Hollywood com alguma vivacidade, deixamos o modo de pastar a vaca e mudamos o mesmo para “race”. Mesmo assim quando atingimos o destino não conseguimos visitar nem Mini Hollywood nem Fort Bravo…tivemos que nos contentar com o registo fotográfico de longe.
Como não havia nada marcado para passar a noite olhamos para mapa e acabamos por decidir por ir até Aguadulce e aí ficar num hotel enorme, mas prácticamente vazio devido ao raio do vírus Chinês.
O check in no hotel foi um verdadeiro filme de terror, hoje e a esta distância até que foi caricato, mas na altura só me apeteceu desatinar. As medidas de segurança implementadas eram inacreditáveis.
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