Percorridos |
919 km |
Percurso seleccionado |
— |
Horas efectivas de condução |
10h00m |
Total de horas em passeio |
10h58m |
Altitude máxima |
191 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Sobre os dias de regresso pouco ou nada tenho para relatar a não ser o facto de andar a derreter borracha por esse alcatrão fora e de andar a rolar debaixo de um calor sufocante e a fugir da tempestade que assolou parte da Alemanha, Bélgica e Holanda.
Mas tenho mais algumas coisitas.
Quando acabei de tomar o pequeno-almoço no hotel em Luleå pedi no final um expresso e a senhora olhou para mim e disse com o maior espanto, Expresso? At breakfast?!?!? Ao que lhe respondi Why not? Bem não sei foi por querer empancar comigo ou se foi por simpatia, mas trouxe-me um alguidar que se o tomasse todo tenho a impressão que o meu coração iria saltar pela boca fora. Como é óbvio tomei apenas o que seria normal tomar e depois fui ter com ela e expliquei-lhe de onde era e que em Portugal é normal tomarmos um “cimbalino” à moda do Tuga-Porto. Depois também lhe disse que a quantidade dum expresso não era um alguidar de café mas sim apenas o equivalente a uma pequena chávena que lhe mostrei na internet. Acho que ficou agradecida de tal forma que foi lá dentro e trouxe uma daquelas embalagens de plástico para atestar com comida para a viagem. Por acaso já tinha feito duas sandochas mas lá juntei mais algumas coisitas e que bem que souberam quando cheguei ao hotel em Estocolmo.
Passado este momento, check-out feito, tralhas na mota…Start your Engine.
Tinha destinado para esse dia, tendo em conta o percurso que ia fazer e as velocidades máximas permitidas para o mesmo, fazer cerca de 1000 km. Não andei longe.
Que dizer das estradas, paisagens e localidades pelas quais passei na Suécia? Muito pouco. No entanto, não andei por estradas secundárias pois por aqui podem fazer-se passeios bem bons. Um dia quem sabe se não venho até aqui explorar esta Suécia.
Registo apenas que vi um Alce e mais de 50 mil placas ao longo do caminho a dizer cuidado com os Alces. Será que este Alce que eu vi era o Alce que anunciavam nas placas? É que não vi mais nenhum.
Algumas localidades pelas quais passei, ao largo claro porque só andei por vias principais, eram mesmo arrumadinhas e com um casario muito bonito. Pelo menos eu aprecio bastante este tipo de construção. Claro que não faz sentido em Portugal espetar uma casa destas num terreno qualquer em Trás-os-Montes ou no Alentejo, ou seja lá qual for a região.
Não houve paragens para fotografias mas também onde valia apena não se podia parar. Por acaso passei por alguns lagos com casas à volta dos mesmos que, ao final da tarde e com luz do sol a bater, dariam bons momentos para captar através duma objectiva. Paciência fica na minha memória.
Eu ontem esqueci-me de referir um pormenor importante. Quando entrei na Finlândia o meu cérebro parou por instantes e fiquei todo contente porque ia entrar numa estrada que se podia conduzir a 100 km/h. Xiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Incrível. Mas depois de andar 2 semanas na Noruega a conduzir a 30, 50, 60, 70, 80 e acho que houve uma estrada qualquer que era permitido 90, chegar a um país e apanhar uma bonança destas de poder entrar em loucura total de velocidade estonteante de 100 km/h não é caso para menos.
Mas verdade seja dita que na Noruega em muitos momentos era eu que estava a encravar o trânsito dada a baixa velocidade que rolava para poder absorver convenientemente o que se deparava aos meus olhos.
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