17.07.2021 – Vichy a Casa

Percorridos

1521 km

Percurso seleccionado

Horas efectivas de condução

13h57m

Total de horas em passeio

16h54m

Altitude máxima

1354 m

Mota

Yamaha Super Ténéré

Este regresso a casa, especialmente esta última etapa, confesso que foi bem marcante. 

Marcante porque finalmente iria rever a minha Patroa e as minhas filhas.

Marcante porque fiz vários flash do que fiz, por onde passei, do que vi, da experiência de uma grande viagem a solo e quais os pontos a rever numa próxima viagem.

Neste último dia de regresso tinha imposto como objectivo chegar a casa, muito embora nunca o tivesse dito abertamente à família e amigos. Seria uma preocupação desnecessária.

Pensava eu que teria um dia calminho de passeio refastelado até em casa, mas enganei-me redondamente. A quantidade de engarrafamentos que apanhei dava ideia que França inteira resolveu sair de casa e vir andar de carro. Incrível. Não consigo perceber como aquela gente consegue viver naquele martírio…mesmo num fim de semana.

Para evitar mais “Bouchon” resolvi parar e replanear uma nova rota que evitasse andar pelas AE mais movimentadas.

Entretanto quase ia ficando sem gasolina e andei numa subida interminável a 80 km/k (o limite era de 130 km/h) para poupar ao máximo gota. Porquê? Porque vi uma indicação de próxima bomba a 48 km, olhei para o que tinha e vi que dava perfeitamente. Acontece que quando lá cheguei a mesma estava fechada. Nem um aviso. Fiquei mesmo preocupado porque a próxima só a 60 km. Não dava. A mota estava já só a inalar os vapores que ainda restavam no depósito. Só me restava sair da A89 e ir à localidade mais próxima que foi Montpon. Bolas do que me livrei.

Mas ainda a propósito dos “Bouchon”, que em França são pacíficos para as motas pois os condutores dos carros deixam sempre um espaço no corredor central, tenho um momento muito bom. Furo o engarrafamento seguramente durante mais de 20 km (sim 20 km) e no seu final o que tenho? Portagens. Aqui certamente que não me iriam deixar passar, pelo que lá paro a mota, desligo a mesma. E vou a empurrar à mão a ST carregadinha até à portagem. Isto debaixo de um calor abrasador e com toda a gente a olhar para mim como se fosse um forreta que queria era poupar gasolina. Não, não era nada disso. O meu stress era outro e, como já referi, será alvo de história à parte. Eheheheheh.

Nas tais reflexões que fui fazendo pelo caminho saliento uma e que tem a ver com o meu capacete.

Um dia fui trocar a viseira à Spicy Customs e o Luís olhou para o capacete e disse Jorge alguma vez “oleaste” as borrachas e plásticos vedantes do teu capacete? Eu, incrédulo, respondi que não. “Olear”???? Ele explicou que aquele frasco que vem junto com o capacete é para isso mesmo. Impecavelmente lá me pôs o capacete como novo. Já lã vão para aí dois anos. Daí para quando quantas vezes o fiz? Nenhuma. Pois é, isto de não dar ouvidos a quem sabe dá que quando das poucas vezes em que apanhei chuva, chovia copiosamente dentro do capacete. Ai que nestas alturas disse tal mal de mim mesmo e minha mania de não ouvir certos pequeninos pormenores que fazem toda a diferença.

Vinha eu na AE7 e de repente sobre o meu lado direito vejo alguém a buzinar. Quem era? O Hélder Martins que me acompanhou nestes últimos km. Obrigado Hélder. 

Chegado à Motocar tinha à minha espera para além dos já referidos Pedro e Hélder, o Romano, o Miguel Matos, o Rui Almeida, o Miguel Alves e a sua esposa Brunilde Sousa. Obrigado a todos.

Entretanto o Pedro disse que me recebia na Motocar, assim como fiz antes da partida, fosse a que horas fosse para a foto da praxe. Que acabei por me esquecer de tirar mas o Ricardo Romano vi que captou o momento.

No final ainda, preocupados com o meu cansaço, ainda vieram comigo até à entrada para a A3 onde lhes expliquei que estava óptimo. Mais uma vez obrigado a todos.

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