22.04.2019 Off Road em Valongo

Percorridos

114 km

Percurso seleccionado

Horas efectivas de condução

02h21m

Total de horas em passeio

05h20m

Altitude máxima

295 m

Mota

Honda CRF 250 Rally

https://youtu.be/2ZBxVQ4FlJU

Uma imagem com mapa  Descrição gerada automaticamente

Nas nossas “reuniões” nocturnas de quarta-feira na MOTOCAR fui desafiado pelo Hélder, e a sua Yamaha 250 a dois tempos, para ir dar umas voltas de CRF com ele lá pelas trilhas de Valongo.

Como a minha experiência nestas andanças é muito básica disse-lhe que até alinhava mas teria que escolher bem os caminhos para não andar para ali aos tombos. Impecável Hélder. Finda esta manhã foi top não só os caminhos escolhidos como as dicas que me foi dando. A sério, aprendi muito e por isso só lhe posso agradecer.

É certo que não é bem a minha praia…para mim off road tem que ser mais na base do estradão e rolar para a frente.

Como me tinha esquecido de todo o material de protecção na FERESPE, tive que sair bem cedo de casa para por lá passar, vestir-me e arrancar depois em direcção ao Continente de Valongo que era o ponto de encontro combinado. Cheguei lá por volta das 09h00m.

Duas de letra, uma cigarrada e o pedido de novo para não puxar muito pela minha capacidade em modo off road e lá fomos estradão acima até chegarmos a um marco lá no alto com vista sobre Ermesinde e Sobrado (posso estar a cometer uma incorrecção).

Uma imagem com exterior, céu, homem, pessoa  Descrição gerada automaticamente

Uns minutos depois o Hélder mandou-se por uma descida abaixo e até apanhei um susto porque deixei completamente de o ver…e de o ouvir. De repente lá aparece o Homem todo sorridente pela subida.

Confesso que para o meu nível de aselhice nestas andanças aquilo impressionou-me bastante, mas depois de passarmos mais tarde por outros locais que o Hélder costuma andar, percebi que de facto para quem anda nestas coisas aquele descida/subida era mesmo uma coisa fraquinha.

Por volta das 10h00m nova paragem para duas de letra e mais uma cigarrada.

Nesta paragem o Hélder foi-me dando algumas “dicas”, que as ouvi atentamente como se estivesse na escola, que quando bem percebidas e usadas ajudam muito a ultrapassar certas situações ou obstáculos.

Uma imagem com céu, terra, exterior, relva  Descrição gerada automaticamente

De novo nas nossas cabritas lá fomos nós estradão fora mas agora em direcção a um local onde se avistava uma subida “algo generosa” … pelo menos para mim.

Uma imagem com exterior, céu, natureza, sujidade  Descrição gerada automaticamente


Uma imagem com exterior, céu, relva, sujidade  Descrição gerada automaticamente

Comecei a olhar para aquilo e pensei que tudo o que sobe tem que descer. Só esperava que descida fosse meiguinha comigo. Pois é, mas não foi, aquilo para mim foi um bocadinho para o deixa-te ir e logo se vê, no entanto comecei a lembrar-me das coisas que o Hélder me disse e de facto as mesmas ajudaram imenso. TOP.

Uma imagem com árvore, exterior, planta, conífera  Descrição gerada automaticamente


Aquilo era mesmo a descer e como se não bastasse tinha imensa pedra solta, raízes de árvores à vista, desníveis, alguns bastante acentuados, provocados pela pedras enterradas…um verdadeiro desafio para mim. Sem dúvida.

Mas lá consegui ir descendo e pelo menos não caí…acredito que se alguém me estivesse a observar deveria estar sempre a ver quando é que aqui o “je” ia ao tapete. MAS NÃO FUI.

O facto de o Hélder ir parando naqueles locais que sabia serem para mim mais complicados também me dava, confesso, uma confiança adicional.

Até que foi fixe amigo Hélder … mas o raio da descida nunca mais tinha fim e eu só pensava hoje de manhã enquanto descia que se fizesse alguma coisa de errado mandava um tralho daqueles mesmo jeitosos. 

Chegado cá em baixo, pensei eu, desta já mês safei. Espero que o Hélder dê aqui um descanso porque foi muita adrenalina. Para mim claro.

Mas não viramos pela direita e mais uma subida daquelas que de certeza terão uma descida correspondente.

A subida tinha tudinho para correr mal aqui ao “Je” … até lameiros tive que passar que para mim parecia que estava a passar o Rio Douro

O que temia não veio a acontecer e a descida depois era bastante suave.

Hélder, a sério, foi mesmo fixe … nem imagina a minha satisfação de ultrapassar todos os obstáculos (para mim claro) sem mandar um trambolhão.

Também confesso que houve momentos que lhe roguei umas pragas quando a coisa estava a ficar mais séria para o meu, muito fraco, kit de unhas.

Recordo que passamos depois uns bons minutos por zonas bem rolantes, algumas entre eucaliptos, e que o Hélder ia apontando pois, como me tinha explicado de manhã, seriam zonas técnicas e que costuma andar por ali com o seu grupo do enduro.

Foi fixe porque foi um bom par de minutos sempre a rolar certinho em que eu fui tentando perceber e copiar o posicionamento do Hélder na mota, bem como a forma que ele contornava os obstáculos. Dava para perceber que a antecipação é muito importante.

Por volta das 11h30 mais uma paragem para duas de letra e uma cigarrada. A paragem teve lugar num local que dava para perceber que iria ter uma descida daquelas que tanto gosto…

Era mesmo daquelas … mas mais uma vez quando a percorri toda até ao seu final não cabia de contente por, mais uma vez, não ter mandado um trambolhão.

Só que, pois, só que logo a seguir mais uma subida a perder de vista e com o terreno todo feito num oito. 

Já agora registo para memória futura que a suspensão da frente a estava a achar impecável, pois percebia o seu comportamento, já a de trás era uma verdadeira incógnita. Parecia que tinha vida própria. Ora saltava para um lado ora para o outro e eu nunca sabia com antecipação qual era o lado por onde a mesma iria cair. Se calhar um dia destes vou ter que mudar alguma coisa se de facto começar a gostar deste tipo de andanças.

Mais uma sucessão de terreno muito irregular, com subidas e descidas constantes, mas o meu grau de confiança ia aumentando cada vez mais. Lá está o fato de o Hélder não se distanciar muito de mim permitiu-me, a par com as dicas que me tinha dado, ir copiando o que ele fazia. Confesso que estava a sentir-me mesmo muito mais à vontade.

Numa subida, íngreme, mas até que nem era muita extensa paguei caro a falta de atenção e o excesso de confiança…ou então foi a CRF que se lembrou de descansar. A imagem abaixo está mesmo correcta. Não foi rodada.

CRF desmaiada e eu a ir para o meio das silvas. Eu sei que é normal nestas andanças as motas desmaiarem mas, no meu caso, foi quase em frente a um grupo que por ali andava…que figurinha que devo ter feito. Ainda se devem estará a rir de mim.

Mas como temos que ser fortes, corri para a CRF, coloquei-a em pé e tentei montar na mesma para prosseguir. Não consegui arrancar no sítio onde estava pelo que o Santo Hélder teve que ser ele a levar a mota até ao cimo. OBRIGADO.

Chegados ao cimo mais uma paragem mas desta vez foi mais para eu “reorganizar” as minhas ideias!!! Mas claro que aproveitamos para uma cigarrada e duas de letra.

Entretanto já eram quase 12h00 e havia que começar a regressar pois tinha prometido chegar a casa no máximo às 13h00.

Este regresso até ao ponto que já tinha sido o da manhã foi ainda de muita subida e muita descida com um terreno bem acidentado…mas confesso que apesar to tralho que mandei estive sempre confiante. Percorri estes km sempre sem receios de maior. Felizmente pude comprovar isso mesmo quando editava o vídeo ainda antes de escrever esta memória de um dia muito bem passado com o Mestre Hélder.

Bem depois mais duas de letra e uma cigarrada…e vamos para casa que já se faz tarde.

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