Percorridos |
827 km |
Percurso seleccionado |
— |
Horas efectivas de condução |
09h59m |
Total de horas em passeio |
12h18m |
Altitude máxima |
384 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Dia da prova e às 07h00m já cá estávamos em baixo ainda não prontos para a partida mas apenas para meter a tralha nas motas para o dia que tínhamos pela frente. O pequeno-almoço ainda estava por tomar.
Fui em 16.10.2017 levabtar a ST à MOTOCAR e passados dois dias estava a participar num Road Miles 500 no Algarve. Confesso que foi um pouco alucinante, pois ia com a minha filha Filipa de pendura e nem sequer estava ainda habituado à mota.
Felizmente que a ST é uma mota com a qual me consegui entender rapidamente muito bem e consegui aguentar a pressão dos Zés a Lés durante quase todo o tempo. Digo quase todo o tempo porque a última etapa já estava a ficar muito tarde e, para além da minha, filha vieram o meu irmão e o Ricardo Romano e não era minha intenção coloca-los sobre pressão ou correr riscos.
O resto do grupo lá conseguiu terminar a prova já pela noite dentro e acabaram por ser, e termos de grupo, os primeiros classificados e, em termos individuais, trazer também o primeiro lugar para casa.
Foi uma experiência stressante mas muito desafiante. Na altura lembro-me de dizer que gostaria de a repetir mais uma vez pelo menos.
Tomado o pequeno-almoço e já com as tralhas metidas na mota faltava apenas colocar os “Road-Book” … algo que nem sequer me dignei olhar pois fui à “gola” do Pedro e do César.
Selfie do grupo tirado e aqui vai disto…eram mais ou menos 07h45m quando partimos e conseguimos ser os últimos a partir!
Pelas 08h00m estávamos a rolar pela EN377 com a ribeira da Apostica sobre o nosso lado direito e quase a chegar à Lagoa de Albufeira.
A serra da Arrábida já não estava longe, mas antes ainda tivemos que ir ao Cabo Espiche, tendo lá chegado por volta das 08h30m.
O Pedro não aparece nesta selfie de grupo porque se lembrou de ira dar umas “gazadas” mais para os lados farol.
Nesta prova se existe algo que não podemos fazer, para além de não nos enganarmos na interpretação correcta das indicações do “Road Book”, é perder tempo.
Pelas 09h05m já rolávamos na EN379-1
E decorridos cerca de 5 minutos o mar já começava a aparecer do nosso lado direito. Esta estrada é realmente divinal. Já não passava pela mesma faz alguns anos, e quando o fiz foi de carro. De mota e com o lindíssimo dia que esteve hoje, a conjugação estrada-paisagem é do outro mundo.
É claro que tivemos que parar e fizemo-lo no Miradouro do Portinho da Arrábida. As imagens ajudam a dar uma ideia, mas apenas os nossos olhos “in-loc” conseguem realmente captar o que estamos a ver.
Partilho algumas fotos do que esteve diante dos meus olhos hoje de manhã. Realmente tivemos muita sorte com as condições meteorológicas que se faziam sentir. É que nem vento estava.
Ainda nos detivemos aqui cerca de 15 minutos….Toca a meter capacete, calçar luvas, colocar a mota em funcionamento e engatar primeira…aqui vai disto. Havia que recuperar o tempo investido neste local.
Por volta das 09h30 já estávamos a rolar na CM1056 para apanharmos a EN10.
E 45 minutos mais tarde já rolávamos pela EN251 e tínhamos acabado de passar Fazenda das Figueiras. A paisagem começava a ficar diferente. E o nosso ritmo começava a aumentar…huuuum!!!
Às 10h30m atravessávamos, com cautela e a cumprir código, a localidade de Bairro de Areia.
Depois de atravessar a mesma e rolarmos um bom par de minutos bem certinho aterramos no “check-point” de Campo Maior.
Eram então 13h10m e tínhamos vindo a rolar pelas CM1422, EM577, EN367, EN244, EN243, EN371, passando por Coruche, Foros do Arrão, Ponte de Sor, Avis, Fronteira, Monforte e Arronches.
Devo confessar que foi sempre a rolar de punho enroladinho e muito certinho…
“Check” feito, comemos e bebemos o suficiente para repor energias e toca a ir para a estrada novamente.
Saímos de Campo Maior em direcção a Elvas por umas estradas que nunca tinha passado. No momento em que escrevo esta memória do dia de ontem, fui ver ao “Google Maps” e as mesmas chamam-se Estrada da Figueira e Estrada das Fontaínhas. Ok, mais duas para minha lista. Bem simpáticas de rolar e com paisagem a condizer.
Registo que tendo sido os últimos a partir quando chegamos a Campo Maior, como vínhamos num ritmo muito certinho, fomos ultrapassando vários grupos que saíram bem mais cedo.
Elvas ultrapassada, seguimos com aquele ritmo que se impunha pela EN373 até Juromenha. Não propriamente ao Castelo mas mais junto ao Alqueva onde possui um parque de estacionamento.
Não estivemos aqui muito tempo. Apenas o suficiente para podermos registar o local fotograficamente.
Também nunca aqui tinha vindo nem sabia da existência deste local. Sempre que aqui vim foi de visita ao castelo.
Recomendo a visita a este spot. Impecável.
Por volta das 14h30m a nossa estrada era a EN255, tendo Alandroal já ficado para trás
Passamos Terena e quando estávamos a chegar a um ponto onde na estrada aparece a indicação de Monsaraz (CM114), o “Road Book” contêm aqui uma gralha, mais tarde reconhecida pela organização, e ao invés de cortarmos de facto pela CM1114 em direcção a Monsaraz, seguimos pela EN255 uns cerca de 500 metros. Claro que tal engano, que não foi da responsabilidade quer do Pedro quer do César (eu nem raod book tinha aberto…estava guardado), teve o seu preço em termos de classificação final.
Já agora pergunto eu. Se o Road Book estava mal e o engano é provocado por isso mesmo, qual a razão para a organização manter a penalização.
Enfim…fiquei sem perceber!!!
Por volta das 15h00, e já no caminho correcto, andávamos pela CM1114 e a chegar a Monsaraz.
Deixadas para trás as localidades de Reguengos de Monsaraz, São Marcos do Campo, Amieira e Alqueva (onde fomos mesmo até à sua barragem), por volta das 16h00 circulávamos por uma estrada que não consigo descobrir a sua designação ou numeração as que é fantástica. Também nunca tinha passado pela mesma. Esta estrada levou-nos até Pedrogão onde a partir daí engatamos pela EN258 e EM521 até Selmes.
O Pedro e o César conferenciaram, enquanto paramos uma pouco para mandar uma cigarrada, tendo chegado á conclusão que ou dávamos da perna ou nunca mais chegávamos a tempo ao final da prova.
Bem que andamos rapidinho isso andamos…
Num ápice chegamos a Cuba pela EN258-1 … pela EN387 rapidamente chegamos a Ferreira do Alentejo … Pela EN121 atingimos a voar, mas baixinho claro, Santiago do Cacém … A EN261 teletransportou-nos até à Comporta … a EN253 fez-nos chegar em modo de voo a Alcácer do Sal … e as IC1 e EN10 conduziram-nos em modo rápido-safe até ao hotel.
Foi um belo dia …
Irei repetir? Duvido.
Prefiro fazer os “meus Road Miles”
Pedro e César obrigado pela excelente companhia e obrigado por ir todo o tempo … a dar apoio moral e ir atrás de vocês.
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