Quando em Outubro recebo um mail da Yamaha a apresentar a R7 mas também os modelos Sport com a pintura “World GP 60th Anniversary” fiquei imediatamente siderado e, de imediato, fiz um forward do mail para a MOTOCAR muito singelo: “Pedro encomende por favor uma YZF-R7 para mim com esta pintura”.
Daí para cá muitos vídeos de reviews que visionei e muitos artigos que li. Quase diariamente melgava com o Pedro para saber quando vinha o raio da mota.
Só mesmo o Pedro para conseguir ser o primeiro concessionário (que só podia ser a MOTOCAR) a entregar este modelo em particular ao seu cliente e amigo. EU. Por isso obrigado. Já o foi com a Niken, depois com a T7 e agora com a R7.
É a minha praia? Não o é certamente. Mas que a mota está, na minha opinião, divinal isso está.
Porquê uma R7 com o motor CP2? Vou dar a minha interpretação que pode, como é óbvio, estar absolutamente errada e longe das reais intenções que motivaram a marca japonesa a lançar este modelo.
Embora não seja o mais potente na sua classe, é sem dúvida um motor com provas dadas. São 73 HP com um binário bastante interessante de 67 Nm às 6500 rpm, permitindo-lhe recuperações, acelerações e até mesmo velocidade de ponta incríveis.
Parecendo que existe de novo uma certa tendência para as Super Sport porque não proporcionar uma mota de entrada com um valor de aquisição razoável e deixar sonhar um bocadinho todos aqueles que gostam de acompanhar o “fenómeno” das Moto GP e Super Bikes. Afinal de contas estamos a falar numa super sport que, em Portugal, ronda os 10,000€. Por isso mesmo é que não vem carregada de tecnologia como algumas das suas concorrentes, no entanto, cumpre integralmente a sua função porque…
Existe um mínimo para entrar neste mercado das Super Sport e foi isso mesmo que a Yamaha fez face a uma muito popular MT07 ao:
– Introduzir suspensão (KYA) frontal invertida ajustável em pré-carga, compressão e expansão. Não é que perceba muito disto. Eu é mesmo mais rolar. Mas deve ser uma melhoria para quem saiba tirar partido destas afinações.
– A suspensão traseira também foi revista e possui agora ajuste de pré-carga e compressão. Repito que eu é mesmo mais Rolar.
– Redução da distância entre eixos para melhorar ainda mais a sua eficácia em curva. Pelo que percebi passou de 1400 mm (MT07) para 1395 mm. Pelos vistos estes 5 mm fazem alguma diferença. Francamente não imagino…o meu kit de unhas não chega a tanto.
– Embraiagem deslizante evitando que, naquelas reduções mais bruscas, a roda de trás ande aos saltos. Isso é bom. Tive uma MT07 e muitas vezes dei por mim a sentir isso mesmo. Nessa altura perguntava-me porque a razão a Yamaha com meia dúzia de tostões não equipava a mota com este sistema de série. Bem pelo menos neste teve esse bom senso. Para além disso já tive oportunidade de notar como a manete da embraiagem ficou mais macia, que era outra coisa que me irritava na MT07.
– Só de olhar para os travões frontais fiquei logo com a sensação que estava perante uma Super Sport. Têm um aspecto fantástico. Pinças de 4 êmbolos radiais, com o “pormenorzinho” de, na manete vir instalado uma bomba radial da Brembo. Já consegui perceber como esta R7 trava muitíssimo melhor que a MT07. Aliás esta trava e a outra ia travando…
– Um quadrante mais apelativo e a roçar o “racing”. Já percebi no pouco que andei que as dificuldades de leitura com o sol a bater vão ser muitas.
Percorri até agora cerca de 100 km. Deu para perceber alguma coisa? Sim, já deu. Já deu para perceber que do alto dos meus 58 anos será uma boa mota para ir ao cais de Gaia e a Vila do Conde aos domingos de manhã, ir e vir trabalhar na minha pequena…e quando for dia de Moto GP Super Bikes, parar-me o cérebro, montar na pequena e ir até aos autódromos em sofrimento com ela. Temos que ser DUROS.
Por último, e é mais um palpite, quem estiver a comparar esta mota com muitas outras passadas e actuais do mesmo segmento está, na minha opinião, a cometer um erro. Esta YZF-R7 está pensada para quem quer e não pode ou não sabe…mas desempenha perfeitamente o papel com tanta ou mais maestria que muitas outras a custar quase o dobro do preço. Para além disso, tem o selo de qualidade da Yamaha e é Japonesa (sim é integralmente construída no Japão)
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