Como vejo a minha Yamaha T700

Nestes últimos temos “encostei” a ST, logo a seguir à revisão dos 150,000 km, para percorrer o norte de Portugal com a T7.

Na minha opinião, ou pelo menos para o uso que lhes dou, acho que ambas as motas possuem a mesma filosofia pois levam-me por bons e maus caminhos.

Obviamente que a ST é mais confortável para grandes tiradas, mas também as fiz na T7 e fiquei bastante surpreendido de ter chegado ao final das mesmas sem evidentes sinais de cansaço e sem vontade de pegar na mota por uns dias. PELO CONTRÁRIO.

Pontos fortes na minha opinião da T7 (depois de percorrer 6,000 km em cerca de um mês):

– é brava quando é necessário, mas também é dócil quando queremos. Possui um torque, acelerações e retomas de aceleração admiráveis…mesmo sendo um motor de 700cc não se deixa envergonhar com muitas outras motas suas concorrentes, inclusive de maior cilindrada;

– comporta-se muito bem em alcatrão e em terra é fantástica. Saliento que o meu Kit de unhas é limitado, pelo que quando menciono terra quero dizer com isto estradões e, no limite, percursos tipo ACT.

Em estrada Sinuosas, tipo montanha, onde nos defrontamos com todo o tipo de curvas, temos uma mota que se segura muito bem, mesmo muito bem. Os Pirelli Scorpion STR Rally também são uma boa ajuda diga-se em abono da verdade. Quanto a mim o único senão (e lá estou eu a comparar com a ST o que não faz muito sentido) é o afundanço da frente quando travamos mais no limite para entrar em curva e os próprios travões que, embora sendo muito eficazes, requerem uma “mão forte” para dispormos daquela travagem que queremos ou necessitamos.

Tive ocasião de “medir forças” com outras máquinas que à partida estão bem mais vocacionadas para este tipo de estrada e não senti que me fugissem … bem pelo contrário, em alguns casos vi muito boa gente de faca nos dentes para conseguir manter o meu ritmo calmo e descontraído…eheheheh.

No que diz respeito ao off road, e aqui dou enfase ao facto de ser um aprendiz de feiticeiro a tecer comentários, acho que a T7 é mesmo muito boa, pois o motor está sempre lá quando precisamos dele. Mesmo em baixas rotações conseguimos controlar sempre a mota (é tal docilidade que falo mais acima). Por vezes com a quarta velocidade engrenada a subir com pedra solta e escorregadia achava que teria que mandar uma baixo…mas lá chegava ao final da subida em quarta sem motor a bater e com potência mais do que suficiente. Incrível como esta mota nos surpreende.

Não tenho intenção de experimentar andar em areia (lá está a tal falta do kit de unhas) pelo que não posso opinar, mas fui algumas vezes forçado a andar em lama (que detesto) e é aqui que acho a tal versatilidade dos pneus deixa a desejar. Também não se pode ter tudo;

– é surpreendentemente confortável e, no meu caso, ainda está com o banco de origem; 

– é relativamente leve, quando comparada com a ST pelo que me permite arriscar um pouco em terrenos pouco confortáveis, pois quando cai não tenho que levantar quase 300 kg mas sim 200 kg…convenhamos que é uma diferença substancial;

– possui mecânica muito “básica” e muitos poucos “gadgets” tecnológicos o que, pelo menos para mim, é uma vantagem. Isto é, apenas o ABS que possível ser desligado para andarmos mais à vontade em terra e um écran LCD com as informações básicas e realmente necessárias. Como dizem os Anglo Saxónicos “keep it simple” e eu acrescento, “and you ride everywhere”;

– possibilidade de ser rebaixada o que, no meu caso que sou de perna curta, faz toda a diferença. Neste momento está cerca de 1 cm mais baixa e para mim deu-me aquela confiança que de outra forma não a teria;

– é uma mota que rola muito bem em auto estrada, pois tem um motor suave para irmos a rolar legalmente, mas quando necessitamos de ultrapassar conseguimos fazê-lo sem ter de passar caixa…e convenhamos que por vezes até eu ficava surpreendido com a rapidez com que o fazia. Outro ponto forte deste conjunto motor/quadro é que está realmente muito bem concebido pois nunca notei aquelas vibrações incomodativas ao final de alguns km a percorrer uma AE.

Um pequeno único senão tem a ver com “windshield” que deixa passar alguma aragem … mas também estou habituado à ST. Entretanto com a aquisição do acessório (Yamaha claro)  resolvido pois já adquiri um acessório (Yamaha claro) que me permitiu ganhar uns cm mais de altura no vidro original.

– do ponto de vista estético é, para mim, a máquina mais conseguida neste segmento de motas de aventura, pois possui um conjunto ao mesmo tempo muito fluido e agressivo que deixa levar a nossa imaginação para um Dakar ou uma qualquer outra prova deste tipo.

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