Estradas Nacionais EN106, EN224, EN230 e EN332

Percorridos

1044 km

Percurso seleccionado

~473 Km

Horas efectivas de condução

11H50m

Total de horas em passeio

16H16m

Altitude máxima

916 m

Mota

Yamaha Super Ténéré

Reconheço que sou um “bicho do buraco” e que gosto de fazer os meus passeios na companhia da minha ST, mas confesso que já estava com saudades destes dias de passeio na companhia dos meus amigos Paulo Faia (Yamaha ST), Fábio Silva (Yamaha T700), João Araújo Yamaha T700, Emanuel Silva (Yamaha ST), Ricardo (Yamaha T700) e João Lima (KTM 1250)…e claro faltaram à chamada mais alguns que não puderam acompanhar-me neste dia. Mas que estava uma verdadeira Motocar isso estava.

Espero que o percurso escolhido tenha sido do agrado de todos. Eu gostei imenso deste passeio, pela companhia, pelas estradas e pelos piqueniques que se foram fazendo pelo trajecto.

A ideia para este dia foi então de percorrer mais algumas estradas nacionais e terminar no miradouro de Penedo Durão. Este desígnio ficará para outro dia, pois dado o adiantado da hora acabamos por fazer o nosso piquenique “jantar” em Barca Dalva. Também não foi má escolha, bem pelo contrário.

N106 Guimarães a Entre-os-Rios

Bem cedo pela manhã (06h30m) já estávamos todos os 7 prontos para arrancar em Guimarães rumo a Aveiro. 

São cerca de 40 km que unem estes dois pontos. Pelo meio abordamos imensas curvas que nos deixam antever o inferno que será percorrer esta estrada num dia normal de trabalho. Tivemos a sorte pelo nosso lado, pois conseguimos desfrutar de toda a estrada sem cruzarmos quase vivalma.

O nascer do dia lindíssimo com um sol brilhante e o céu bem azul ajudaram a disfarçar a paisagem que nos acompanhou nesta primeira etapa. Toda esta área é fortemente povoada onde naturalmente o casario.

Lembro que quem desejar percorrer calmamente esta N106 poderá visitar vários monumentos integrados na rota do românico (https://www.rotadoromanico.com/pt/) do Vale do Sousa. Já tive oportunidade de o fazer e partilho que é uma experiência bem interessante.

Não houve tempo a perder e reportagem fotográfica feita seguimos directos para o início da etapa seguinte.

N224 Entre os Rios a Estarreja

Cerca de Km 76 separam estes dois pontos que se percorrem bastante bem e que gosto particularmente. Grande parte da sua extensão já a terei percorrido mas nunca como desta vez, isto é, desde o seu início até ao final. 

É daquelas estradas que valem bem os km percorridos na mesma quer pela condução quer pela paisagem que nos vai acompanhando. 

A manhã continuava bem azul e um sol a brilhar com bastante intensidade lembrava que afinal de contas já estamos na primavera e que aqueles dias chuvosos ou com nuvens vão ficar para trás. Espero eu…

Nesta estrada destaco dois momentos, ambos eles muito positivos, e que são os que vão desde o início até Castelo de Paiva e daqui até Vale de Cambra. Muita curva da boa e boa paisagem a acompanhar. Sem dúvida que recomendo.

Também aqui é possível fazer esta estrada e conciliar a mesma com umas saídas estratégicas para visitar alguns monumentos que fazem parte da Rota do Românico do Douro. 

Entretanto chegados ao final desta etapa percebi que a companhia estava a gostar do passeio o que me agradou bastante pois é sempre um risco planearmos algo, “arrastarmos” amigos connosco e as espectativas saírem defraudadas. Nesta altura avisei-os que seja gostaram do que fizeram então certamente que iriam gostar ainda mais do que estava para vir nas etapas seguintes.

Tiradas as fotos da praxe e fumadas as cigarradas dirigimo-nos para o ponto incial da etapa seguinte onde com muita pena minha o Paulo Faia e o Fábio Silva tiveram que regressar tal como já estava previsto…mas não deixou de ser um momento menos positivo.

O Fábio levou a minha T700, ele que possui uma MT07, e ficou muito bem impressionado com este maquinão. Mais um que depois de fazer alguns km a sério nesta máquina que fica adepto. E ainda não foi fazer um off road, pois quando for tenho a certeza que trocará a sua MT07 por uma T700 pela versatilidade, agilidade, comportamento em curva, mapa do motor, etc…que esta mota possui.

N230 Aveiro a Covilhã

Uma estrada das boas onde são percorridos cerca de 210 km por zonas muito interessantes. Umas pela condução, outras pelas paisagens que nos acompanham e ainda outras pela junção de ambas.

Até Águeda nada de especial a assinalar, mas alguns km após começou o divertimento que nunca deixou de nos acompanhar até ao final.

Muita curva e contra-curva, com subidas e descidas, piso bom e piso muito irregular a exigir o trabalho das nossas motas, enfim um verdadeiro carrossel de sensações onde em alguns momentos a adrenalina foi testada se estava em condições ou não!

Não posso deixar este momento para mais uma vez realçar como a ST tem um comportamento irrepreensível em curva, mesmo com o piso muito irregular e esburacado. Várias foram as situações em que em plena curva, mota deitada e a raspar patins, ora para lado direito ora para esquerdo, fui confrontado com buracos ou ressaltos provocados por raízes de árvores junto à estrada. E a ST sempre a seguir o seu caminho…Irrepreensível.

Mas voltando à N230. É uma daquelas estradas que recomendo vivamente, tal como a N16, para quem gosta de andar a passear de curva em curva e apreciar boas paisagens.

A partir de Oliveira de Hospital a paisagem que se vai desenrolando à nossa volta já começa a “cheirar” a Serra da Estrela. Confesso que adoro passear de mota em Portugal e esta zona não foge à regra, vale sempre apena uma voltinha por estes lados. São inúmeras as estradas, umas melhores outras piores, que valem a nossa visita.

Recomendo que, para quem tiver tempo quando percorrer esta N230, não deixe de fazer uma visitinha a uma estrada de montanha que vai de Unhais da Serra até ao Miradouro do vale do Glaciar na Estrada N339. Embora não o tivéssemos feito porque ainda tínhamos muito para percorrer, é daquelas estradas que tem de ficar na agenda. Não são muitos km mas são muito intensos quer pela paisagem divinal quer pela estrada sublime.

Resta recordar o repasto saboreado em jeito de piquenique na aldeia das três entradas bem junto à ponte que também tem o mesmo nome. Momento para descontrair e tirar umas fotos para recordar este bom momento.

N332 Zebreira a Almendra, Barca Dalva e regresso a casa

Estava planeada, antes de partir para a N332, percorrer a N240 que liga Castelo Branco às Termas de Monfortinho, no entanto pelas minhas contas iríamos ter problemas para conseguir terminar a horas decentes a chegada a casa. Decidimos não percorrer esta estrada e ir então directos para esta etapa que nos levou para norte e para junto rio Douro na extensão que fizemos em Barca Dalva.

Tomada a decisão metemos então pela AE23 alguns km para ganhar tempo e saímos em Castelo Branco para apanhar a N240 até Zebreira.

A particularidade desta Nacional é que nunca chegou a ser totalmente ligada pelo que ao traçar a mesma tive de improvisar fazendo a mesma passar por estradas que ficassem junto às localidades pensadas inicialmente (Zebreira, Alcafozes, Idanha-a-Velha, Medelim, Penamacor, Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Vilar Formoso, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo e Almendra). Para isso, recorri às estradas N233, EM562 e N233-3.

Mais uma estrada e paisagens fantásticas. Todo percurso é feito com um sorriso enorme de satisfação. Pelo menos para mim foi desta forma que vivi estes cerca de 180 km.

Ao passar em Castelo Rodrigo veio-me à memória a segunda etapa do ACT que fiz no ano passado com o João Araújo. Grandes momentos. Durante o nosso piquenique jantar em Barca Dalva tentei picar os demais para programarmos este ano fazer o ACT. Vamos lá ver o que dá. Vontade possuem o problema são os compromissos familiares. Sendo o mais velho e com filhas já todas maiores e vacinadas fica mais fácil.

Para terminar o dia deste passeio em beleza, e como já tínhamos planeado algumas horas atrás, lá viemos até Barca Dalva para o nosso piquenique junto ao Rio Douro com Vista para o Penedo Durão. 

Foi também aqui que sugeri regressarmos pela fantástica estrada, que também recomendo vivamente principalmente na altura das Amendoeiras em flor, N325 que nos leva por Ligares até à Torre de Moncorvo. Embora ainda não tenha tido oportunidade de ouvir os comentários dos companheiros de viagem, espero bem que tenham gostado.

Depois foi meter pela IC5 até Pópulo e apanhar, no meu caso, a A3 até casa.

Grande dia. Mais uma vez obrigado Paulo Faia, Fábio Silva, João Araújo, Emanuel Silva, Ricardo e João Lima pela vossa companhia. Para repetir? Por outras estradas claro!

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