Percorridos |
895 km |
Percurso seleccionado |
— |
Horas efectivas de condução |
12h52m |
Total de horas em passeio |
16h13m |
Altitude máxima |
1066 m |
Mota |
Yamaha Super Ténéré |
Já faz alguns anos que embirrei com os malotes na ST mas já lá vamos…
Depois de já ter recriado alguns Lés a Lés com base nos “road books” destes eventos resolvi dedicar este dia ao de 2012. Originalmente o mesmo teve início em Tavira e terminou em Boticas, mas resolvi inverter o mesmo, pelo que bem cedinho lá estava eu em Boticas a arrancar para esta viagem.
Uma vez mais fiquei impressionado com a selecção de estradas que percorri. O Linesman do Lés a Lés tem mesmo muito jeito para isto. Tiro-lhe o chapéu e faço-lhe uma vénia.
Muito embora já tenha percorrido, e até muito recentemente, a maioria das estradas nacionais, municipais e camarárias deste Lés a Lés de 2012, gostei imenso da forma como está abordado este encadeamento e mistura de estradas. Para além disso ainda conseguir percorrer algumas municipais que tinha em agenda como sejam a M512, M536, M538 (que são ambas muito extensas), entre outras.
Na “minha” fase inicial (que foi a final em 2012) são dadas umas voltinhas em redor de Boticas e Ribeira de Pena a passar por várias localidades fantásticas e com paisagens e estradas a condizer. É divinal. Um hino para quem gosta de andar de mota. Depois entramos em Vila Pouca de Aguiar e começamos então a descer para sul a todo o vapor. Claro que por estradas, paisagens e localidades também topo de gama. N212, N244, etc…
Mais cá para baixo o linesmen voltou a surpreender pela positiva pois fez em redor das minas da Panasqueira uma voltinha também muito bem pensada. Confesso que já por várias vezes passei por aqui perto, mas nunca tinha sido tentado a passar por aqui. Não sabia de facto o que andava a perder.
Como é óbvio é pena a paisagem nestas zonas centro do país que estão, em alguns locais, completamente destruídas pelos incêndios que sistemática e reiteradamente ocorrem todos os anos.
Também é pena que o eucaliptal tenha tomado conta deste território de uma forma selvática. Compreendo que seja o ganha-pão de muitas famílias, mas interrogo-me se não poderia ser feito de uma outra forma, com uma protecção às árvores autóctones desta região.
Voltando aos malotes. Não é que já bem perto de Loriga a caixota do lado esquerdo resolve ganhar vida própria e ir para o meio da estrada?!?!?? Sim. Isso mesmo. Lembrou-se de voar e por muita sorte o carro que vinha atrás de mim não levou com ela.
Quer o condutor do carro quer eu, ficamos de todas as cores e durante um minuto ou dois sem saber o que dizer um ao outro.
Confesso que só me apercebi mesmo porque a travagem atrás de mim foi aterradora. Tinha sentido de facto qualquer coisa, naquela fracção de segundos, em termos de equilíbrio da mota mas não me apercebi que poderia ser a caixota.
Mas posso assegurar-vos que as caixotas da GIVI são todo terreno. Eu deslocava-me mais ou menos a 80 ou 90 km/h e diz o condutor do carro que a mesma ainda percorreu cerca de 20 ou 30 metros de rastos e está ali para durar. Impecável. Foi colocar no sítio e siga viagem com um milhão de pedidos de desculpas ao condutor, extraordinariamente simpático, que vinha atrás de mim e quase que levou com a caixota.
Com a perda de tempo à volta da história da caixota, com as muitas paragens para fotos e o almoço que se pretendia rápido mas que demorou uma eternidade, acabei por ficar a pernoitar em Avis.
Amanhã continua a viagem.
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